Freixo a Villas Bôas: convulsão é no PSL, general!
(Crédito: Marcos Corrêa/PR)
Políticos de oposição a Jair Bolsonaro reagiram nesta quinta-feira 17 à pressão sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) feita pelo general Villas Bôas, às vésperas da decisão sobre prisão em segunda instância.
Na quarta-feira, Villas Bôas disse no Twitter que "é preciso manter a energia que nos move em direção à paz social, sob pena de que o povo brasileiro venha a cair outra vez no desalento e na eventual convulsão social".
À coluna de Chico Alves, do UOL, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou que "isso é divergente do que os atuais comandantes das Forças Armadas têm falado". E emendou:
"Aos militares cabe respeito e preservação da democracia, não ameaça. Villa Boas fala mais como membro de um governo que não tem respeito pela democracia do que pelas Forças Armadas. A convulsão com que ele deveria estar preocupado é a convulsão dentro do PSL. O que ele fala não tem respaldo nos quartéis".
A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), também detonou os comentários de Villas Bôas. "É de se estranhar que em toda véspera de julgamento de recomposição do Estado Democrático de Direito o general Villas Bôas se manifeste interferindo na vida civil do país. Não estamos às vésperas de qualquer convulsão social e esperamos que os militares se mantenham dentro dos quartéis, nas suas posições de salvaguarda da fronteira e na salvaguarda da Constituição. Não há que se esperar que os militares interfiram na posição dos ministros do STF".
Para José Guimarães, deputado federal pelo PT-CE, "as Forças Armadas não devem se meter em dar opinião política em nível nenhum, conforme manda a Constituição. É uma declaração inoportuna, uma ameaça à ordem democrática. O que pode gerar convulsão é a crise econômica e o desemprego se eles romperem a legalidade".
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