Freixo prega unidade para derrotar a pandemia e o fascismo
(Luis Macedo/Agência Câmara)
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que abriu mão da candidatura à Prefeitura do Rio, defende a formação de uma ampla frente contra o projeto autoritário do bolsonarismo. "Não vivemos um tempo de normalidade, em que as tradicionais polarizações se manifestavam dentro dos marcos democráticos. Pela primeira vez temos no poder um governo eleito de extrema direita, com uma base social relevante e um projeto de poder fascista", diz Freixo em artigo publicado na Folha de S.Paulo. "Diante dessa constatação sombria, o campo democrático precisa estar à altura do desafio e ser capaz de abrir mão dos projetos pessoais e partidários, superar as diferenças e se unir na defesa de algo maior: a vida, os direitos e a democracia, ameaçados pela dupla tragédia do fascismo e da pandemia", prossegue.
Segundo Freixo, "não precisamos de um grande líder para derrotar Bolsonaro. Necessitamos de um grande projeto de reconstrução nacional, que abra espaço a todas as nossas lideranças e seja capaz de superar o projeto autoritário bolsonarista". Nesse sentido, diz ele, "a retirada da minha candidatura à Prefeitura do Rio de Janeiro é um gesto em prol da unidade. Estou me colocando a serviço da construção desse novo projeto de Brasil".
O encerramento do artigo reforça o chamado à unidade das forças democráticas:
"O novo tempo começa conclamando as forças democráticas a assumirem a responsabilidade e se unirem numa grande concertação para impedir o avanço da tirania. Tanto um golpe de Estado quanto a reeleição de Bolsonaro em 2022, pela radicalização autoritária que se seguirá, representarão o fim da democracia. Não podemos repetir os mesmos erros do passado. Deixemos as flores dos nossos jardins para depois, caso contrário o tufão levará de arrasto a vida e as conquistas históricas do povo brasileiro".