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Fux aceita delação que encana tucano Richa

Deputado perguntou sobre propina: "não pode me dar mais?"
publicado 14/09/2017
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Da Gazeta do Povo:

Ministro homologa delação que vincula Richa a desvios em obras de escolas


O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou, na última sexta-feira (8), o termo de colaboração premiada do empresário Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor Construtora. (...) A empreiteira está envolvida em um esquema de desvios de recursos públicos de obras de construções e reformas em escolas estaduais do Paraná, investigado pela Operação Quadro Negro. Segundo o delator, o dinheiro abasteceu a campanha de reeleição do governador Beto Richa (PSDB).

Com a decisão, o conteúdo da delação agora poderá ser usado na investigação a cargo da Procuradoria-Geral da República (PGR). No acordo, o empreiteiro se compromete a apresentar provas do que disse e entregar bens, para, em troca, não ser preso e permanecer com tornozeleira eletrônica por dois anos.

A delação de Eduardo Lopes de Souza veio à tona no início deste mês. O empresário detalhou que o ex-diretor da Superintendência de Educação (Sude) Maurício Fanini era um dos operadores do esquema e teria dito que esperava arrecadar R$ 32 milhões com os desvios, para financiar via caixa dois a campanha de Richa, em 2014.

Segundo o delator, o “o grosso dos valores” foi desviado diretamente por meio de repasses feitos em dinheiro a Fanini, em 2014. O dinheiro foi repassado pessoalmente por Lopes de Souza, que usou mochilas e caixas de vinho para transportar os maços de cédulas. O construtor relatou que chegou a perguntar ao ex-diretor da Sude se os valores estavam mesmo indo para a campanha de Richa. Fanini teria respondido que sim.

Além de Richa, a delação também atingiu outros integrantes da cúpula política do Paraná. Lopes de Souza descreveu pagamento de propina ao atual presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB). Em um dos pagamentos, ao ver a mala com dinheiro, Traiano teria perguntado ao empresário se “não pode me dar mais?”. (...)

Créditos: Paraná TV/RPC

Ainda na Gazeta do Povo:

Não é só a Valor: outras 5 construtoras operaram no “padrão Quadro Negro”, diz TC


A delação premiada de Eduardo Lopes de Souza, dono da Construtora Valor, detalhou o esquema de desvios em obras de escolas estaduais apurado pela Operação Quadro Negro. Mas as irregularidades em construção ou reformas de colégios paranaenses não se restringem à Valor. Outras cinco construtoras tiveram obras embargadas e foram condenadas, juntas, a devolver R$ 6,9 milhões, entre recursos estaduais e federais.

A expansão do esquema a outras empresas chegou a ser mencionada na delação de Lopes de Souza, que cita diretamente duas construtoras que tiveram obras paralisadas por determinação do Tribunal de Contas (TC) do Paraná. (...)

Em tempo: sobre a Operação Quadro Negro e suas consequências, leia no Conversa Afiada: Requião aguarda a cana do Beto Richa!