Gebran, amigo de Moro, vota para aumentar pena de Lula no caso do sítio
(Divulgação/TRF-4)
O relator no TRF-4 do processo sobre o presidente Lula e o sítio de Atibaia, o desembargador João Pedro Gebran Neto (autodeclarado amigo de Sergio Moro), votou nesta quarta-feira 27/XI pelo aumento da sentença contra Lula: de 12 anos e 11 meses de prisão para 17 anos, um mês e 10 dias. Lula havia sido condenado em 1ª instância em fevereiro de 2019.
A sentença em 2ª instância ainda depende dos votos dos desembargadores Leandro Paulsen e Carlos Eduardo Thompson Flores Luz.
A defesa pede a anulação da sentença ou a absolvição de Lula por, entre outros motivos, não haver provas contra ele e por ter sido condenado por um juiz parcial - Sergio Moro, hoje ministro de Jair Bolsonaro.
"Não há nenhuma prova, nada, que possa demonstrar que Lula, no exercício do seu cargo, tenha solicitado ou recebido qualquer vantagem indevida enquanto presidente do país. Não nomeou diretores da Petrobras e nem era sua função declarar a nulidade total ou, se ainda assim não for decidido, para que seja o apelante absolvido porque não praticou qualquer crime", afirmou Cristiano Zanin, advogado de Lula.
Mais cedo, Gebran ainda fez questão de negar que Moro tenha conduzido o processo politicamente.
"Em linhas gerais, tenta a defesa atribuir ao processo penal uma conotação política, visão esta bastante equivocada ao meu juízo, que somente se explica pela tentativa de desqualificar não só o juiz natural mas também a atividade jurisdicional", declarou Gebran.
Ou seja, Gebran acha que Moro, hoje ministro do presidente que ajudou a eleger, não agiu com parcialidade nesse processo contra Lula.
Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre a importância de fortalecer a luta pela liberdade de expressão e apoie o Conversa Afiada! Clique aqui e conheça! |