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Gilmar: Forças Armadas não emprestarão um cabo e um soldado, mas as milícias do Rio podem emprestar

Combate às milícias deveria ser prioridade
publicado 25/06/2020
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(Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou mais preocupação com uma possível ação das milícias do Rio de Janeiro contra a Corte do que das Forças Armadas. Em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira 25/VI, o magistrado comentava os resultados do inquérito das fake news quando lembrou uma fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL).

"Já disse, as Forças Armadas não emprestarão nem um jipe, nem soldado e nem um cabo, mas as milícias do Rio podem emprestar um soldado e um cabo", declarou Gilmar.

"No princípio, as pessoas pensavam que eram coisas leves, a sua opinião. Quando (o ministro Alexandre) Moraes fez o relatório houve um grande impacto na imprensa porque eram militantes que ameaçavam estuprar filhas de ministro, matar ministros, fazer atentados, fazer referência a essa (fala) de fechar o STF com um soldado e um cabo, que já virou um pouco uma gozação", disse.

Para Gilmar, o combate às milícias deveria se tornar uma prioridade do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.

"Eu reputo e tenho dito, acho que foi uma falta no programa do ex-ministro Sergio Moro, que a milícia tem que ser colocada para que haja combate ao crime organizado. Não é razoável que em Rio das Pedras (bairro do Rio de Janeiro) e acolá venham notícias de um grupo que domina determinada região. É preciso que isso entre na agenda do Ministério da Justiça. Espero que o André Mendonça cuide disso, talvez seja um desafio para a que a PF entre no tema", completou Gilmar.