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Gilmar: Moro e Dallagnol usaram prisão provisória como tortura!

"Você não pode resolver o crime cometendo um crime!"
publicado 02/10/2019
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(Crédito: Metrópoles)

O Conversa Afiada acompanhou de perto nesta quarta-feira 2 o julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), da tese de que réus delatados têm o direito de apresentar as suas alegações finais em ações penais depois da manifestação dos réus delatores.

A maioria - 7 x 4 - votou a favor desse entendimento, embora o presidente da Corte, Dias Toffoli, tenha suspendido a sessão antes de se votar o alcance da decisão.

Para entender melhor o que aconteceu na sessão, clique aqui e leia o post "STF não decide sobre alcance de nova regra sobre réus delatados".

Mas cabe destaque ao voto do ministro Gilmar Mendes, que voltou a criticar as arbitrariedades da Operação Lava Jato. Segundo ele, a força-tarefa da República de Curitiba precisa "calçar as sandálias da humildade".

“O resumo da ópera é que você não pode resolver o crime cometendo um crime. Ninguém pode se achar o ó do borogodó. Calcem as sandálias da humildade”, disparou o ministro.

Gilmar sustenta que o Brasil viveu “uma época de trevas no que diz respeito ao processo penal”. Ele afirmou que o ex-juiz Sergio Moro e o procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, usavam a prisão provisória como tortura.

“Hoje se sabe de maneira muito clara que usavam a prisão provisória como elemento de tortura. Isto aparece hoje nas declarações do site The Intercept, feitas por gente como Dallagnol e Moro”, declarou.

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