Gilmar: Moro virou um personagem que Bolsonaro leva para jogos do Flamengo
(Crédito: Dida Sampaio/Estadão)
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na segunda-feira 14 que Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato e hoje ministro da Justiça, "virou um personagem que Bolsonaro leva para jogo do Flamengo".
Ele participou do programa Conversa com Bial, da TV Globo.
"Moro chegou quase que como um primeiro-ministro. Depois ele virou esse personagem que o Bolsonaro leva para o jogo do Flamengo. Ele está precisando do Bolsonaro. Antes o Bolsonaro precisava dele, depois ele passa a precisar do Bolsonaro", afirmou Gilmar.
O ministro voltou a comentar a situação do presidente Lula e frisou que ele merece um julgamento justo.
"Não sei, vamos ter de executar com muito cuidado, há a impressão de que há muitos vícios, eu tenho dito que o Lula merece um julgamento justo. Tudo isso que vem se revelando de fato mostra suspeita sobre esse caso".
Sobre a suspeição de Moro, Gilmar disse que está "estudando".
"Vamos ter capítulo sobre o eventual significado da Vaza Jato, o eventual aproveitamento ou não de prova ilícita nesta questão".
Por fim, Gilmar criticou o papel da imprensa diante das monstruosidades cometidas pelo lavajatismo.
"Quero dividir a minha responsabilidade com vocês. Vocês têm uma grande parcela de responsabilidade. Quando vocês dizem 'Gilmar solta', e estou falando porque já reclamei para a Rede Globo, a decisão foi da turma, mas vocês dizem 'Gilmar solta', mas não explicam do que se trata. Houve um lavajatismo militante da mídia, a mídia aderiu a isso. Nós ficamos como os bandidos da história, aqueles que erraram ao soltar. A mídia faz parte disso. A Lava Jato é case de sucesso de mídia, são melhores publicitários que juristas. Houve essa coalizão, essa coabitação. A responsabilidade é muito maior da mídia do que minha".
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