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Gilmar: "o presidente não pode adotar políticas genocidas"

Enquanto isso, Legislativo ganha elogios
publicado 08/04/2020
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(Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta quarta-feira 8/IV os embates entre Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em torno das medidas de isolamento social para conter a pandemia do novo coronavírus. Para Gilmar, o governo não pode adotar "políticas genocidas".

"Eu não previa que isso fosse acontecer e certamente não é desejável. O presidente da República dispõe do poder de exonerar seus ministros. Agora, a Constituição não permite que o presidente adote políticas genocidas. Políticas que afetem de maneira crucial, global, a vida da população. Me parece que é preciso pensar muito nesse contexto", disse Gilmar em entrevista ao UOL.

O ministro ainda elogiou o Congresso Nacional pelo trabalho realizado desde o início do surto de coronavírus.

"Eu acho que o Legislativo vem atuando de maneira bastante efetiva, já vinha atuando, não tem participado desse bate-cabeça da administração pública, e aparentemente se apresenta de maneira mais organizada. Aquilo parece hoje estar muito mais próximo de uma orquestra. Poderia ter as propostas mais mirabolantes, irresponsáveis, mas tudo parece estar devidamente coordenado. O Parlamento tem dado exemplos de maturidade que tem faltado em outros setores muitas vezes", completou Gilmar.