Gilmar vai remunerar delegados da PF
O amigão do mula (D) ministrou (sem trocadilho) aulas no IDP
O Ministro Gilmar Mendes é ou foi proprietário do IDP, uma escola de Direito aparentemente bem sucedida, a partir de suas sedes, em Brasília e São Paulo.
Uma das virtudes do IDP, que teria sido de propriedade do Ministro Gilmar, é contratar juízes e Ministros para ministrar aulas - e, evidentemente, reforçar seus mínimos salários.
Agora, o IDP - que talvez fosse propriedade do Ministro Gilmar - fez inusitada parceria com a Escola da Polícia Federal para formar delegados!
As duas instituições, o IDP de São Paulo, que possivelmente foi controlado acionariamente pelo Ministro Gilmar, e a Escola Nacional dos Delegados da Polícia Federal (aqui também chamada de Polícia Aecista Federal) se uniram para "formatar cursos de interesse da sociedade", diz Alexandre Zavaglia, diretor executivo do IDP em São Paulo.
Serão cursos de curta duração de gestão e "compliance" (sic) para ensinar executivos, advogados e operadores do Direito a enfrentar os novos tempos (possivelmente advindos da sacrossanta Operação Lava Jato).
Serão cursos presenciais, "in company" (whatever it means) e à distancia.
O que significa que o IDP - que, um dia, possivelmente, tenha feito parte dos bens do Ministro Gilmar - vai remunerar delegados federais, que, hoje, como se sabe, segundo o depoimento deles próprios, também recebem esquálidos salários.
Mais tarde, disse o senhor Zavaglia, serão administrados muitos outros cursos "latu sensu".
Portanto, os delegados poderão receber reforços substanciais - latu sensu - em suas rendas, graças ao saudável empreendedorismo do IDP - de Brasília e de São Paulo, ambos, quem sabe?, de propriedade do Ministro Gilmar Mendes.
PHA, futuro aluno latu sensu de um curso de compliance