Golpe-II será no TSE!
Gilmar vai julgar quando Michelzinho voltar de Harvard
publicado
19/02/2017
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O Conversa Afiada reproduz trecho do artigo "A crise vai aos tribunais - protelar ainda mais o julgamento das contas da chapa Dilma/Temer é a primeira chave do plano", de Janio de Freitas:
O plano é simples e seus riscos de embaraço são poucos. Consumado, deixa Dilma Rousseff condenada por irregularidade na campanha eleitoral e absolve seu companheiro de chapa, o que livra Michel Temer da destituição como beneficiário da mesma irregularidade. Não há, porém, como apressar a execução do plano, que está condicionado a certo calendário do Tribunal Superior Eleitoral. E esse é o seu risco.
O exame das contas de Dilma/Temer espicha-se há dois anos. O ministro Herman Benjamin desabafou há pouco, em um despacho, contra diligências que pretenderiam protelar o caso "ao infinito, sem possibilidades concretas de conclusão". O lado de Dilma Rousseff tem experiências que justificam o receio do julgamento. O de Michel Temer está inseguro quanto a votos que não se prenunciam.
Protelar o julgamento ainda mais é a primeira chave do plano. Em mais dois meses, a 16 de abril, o ministro Henrique Neves encerra sua participação no TSE. Meio mês depois, em 5 de maio, dá-se o mesmo com a ministra Luciana Lóssio. Daí decorre a segunda etapa: a designação de novos ministros afinados, por antecipação, com a separação de responsabilidades dos candidatos igualmente beneficiados. E, como decorrência, voltados para a condenação da presidente eleita e a absolvição do seu vice.
Estariam assegurados os quatro votos pró-Temer: além dos dois recém-nomeados, Gilmar Mendes e Luiz Fux, presidente e vice do TSE, não suscitam dúvidas. Os três que completam o plenário de sete não importariam mais. A condenação de Dilma nem seria indispensável, servindo só como lucro político excedente. Nessa operação, o risco que o plano corre é o de um imprevisto, no TSE, capaz de dificultar a protelação do julgamento por mais dois meses e meio. Consta já haver sondagens, ou indicações originárias do TSE, de alguns nomes possíveis.
Para mais informações: Gilmar Mendes, no TSE ou no STF, e Michel Temer, no Planalto ou no Jaburu (recados com Marcela).
O exame das contas de Dilma/Temer espicha-se há dois anos. O ministro Herman Benjamin desabafou há pouco, em um despacho, contra diligências que pretenderiam protelar o caso "ao infinito, sem possibilidades concretas de conclusão". O lado de Dilma Rousseff tem experiências que justificam o receio do julgamento. O de Michel Temer está inseguro quanto a votos que não se prenunciam.
Protelar o julgamento ainda mais é a primeira chave do plano. Em mais dois meses, a 16 de abril, o ministro Henrique Neves encerra sua participação no TSE. Meio mês depois, em 5 de maio, dá-se o mesmo com a ministra Luciana Lóssio. Daí decorre a segunda etapa: a designação de novos ministros afinados, por antecipação, com a separação de responsabilidades dos candidatos igualmente beneficiados. E, como decorrência, voltados para a condenação da presidente eleita e a absolvição do seu vice.
Estariam assegurados os quatro votos pró-Temer: além dos dois recém-nomeados, Gilmar Mendes e Luiz Fux, presidente e vice do TSE, não suscitam dúvidas. Os três que completam o plenário de sete não importariam mais. A condenação de Dilma nem seria indispensável, servindo só como lucro político excedente. Nessa operação, o risco que o plano corre é o de um imprevisto, no TSE, capaz de dificultar a protelação do julgamento por mais dois meses e meio. Consta já haver sondagens, ou indicações originárias do TSE, de alguns nomes possíveis.
Para mais informações: Gilmar Mendes, no TSE ou no STF, e Michel Temer, no Planalto ou no Jaburu (recados com Marcela).