Governo Bolsonaro não sabe sequer a quantidade de cloroquina no Brasil
(Redes Sociais)
Jair Bolsonaro não faz questão de disfarçar sua obsessão com a cloroquina, medicamento apresentado por ele quase como uma solução mágica para a crise do novo coronavírus - embora as pesquisas em torno da droga estejam em desenvolvimento e sejam, por isso, inconclusivas.
Mas a Veja traz nesta segunda-feira 13/IV mais detalhes sobre a completa bagunça que envolve o governo federal: com o temor de que a defesa apaixonada do presidente pela substância provoque a escassez do princípio ativo, o secretário de Desenvolvimento, Gustavo Leipnitz, questionou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a quantidade de cloroquina no país. A resposta é preocupante: a agência não sabe a quantidade do medicamento produzida ou em estoque no Brasil.
Em ofício enviado ao Ministério da Economia em 6/IV, o gabinete do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, informou que o medicamento não estava sujeito a mecanismos de controle e, por isso, não havia informação disponível em relação ao estoque. “A Anvisa não detém informações quanto aos estoques desses produtos”, informa.
O documento encaminhado à secretaria sustenta que a Anvisa está “em constante diálogo com os laboratórios fabricantes de medicamentos à base de cloroquina e hidroxicloroquina e está monitorando qualquer ação sanitária que possa ser tomada rapidamente para que as empresas mantenham a fabricação de seus medicamentos”.