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Governo Bolsonaro pode estar por trás das investigações contra Witzel, diz revista

O inquérito aberto pela PGR teria saído de um dossiê que tem, também, o nome de João Doria
publicado 26/05/2020
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Crédito: Agência O Globo

A Operação Placebo, que foi deflagrada na manhã desta terça-feira (26/V) e tem como um dos alvos o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), teria nascido a partir de um dossiê que chegou ao Palácio do Planalto.

A informação é da revista Crusoé.

De acordo com a publicação, do Planalto o documento foi para a PGR (Procuradoria-Geral da República), que instaurou o inquérito no dia 12 de maio.

"Foi um despacho interno que deu origem à apuração – no jargão oficial, a investigação foi instaurada “de ofício”. Não é algo propriamente raro no topo do Ministério Público Federal, mas normalmente casos assim começam a partir de denúncias, sejam elas anônimas ou não, ou de representações enviadas pelas procuradorias nos estados ou por outros órgãos. A coincidência que chama a atenção, nesse caso, é que o objeto da apuração da PGR é o mesmo descrito no tal dossiê que foi oferecido dias antes ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro", diz o texto.

O material, segundo a revista, foi levado ao Planalto por aliados muito próximos do presidente.

Bolsonaro teria sido avisado e afirmado que era preciso “tomar providências”.

Conteúdo do dossiê

O documento, afirma o veículo, tem riqueza de detalhes.

Entre eles, indicações de que uma investigação bem feita a partir do Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde) poderia chegar a Witzel e ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).