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Governo suspende nomeação de presidente da Fundação Palmares

Sérgio Camargo defendeu o fim do movimento negro...
publicado 12/12/2019
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Nomeação de Sérgio Camargo foi suspensa, segundo o Diário Oficial da União (Reprodução: Rede Globo)

O Governo Federal suspendeu nesta quarta-feira 11/XII a nomeação de Sérgio Nascimento de Camargo para o cargo de presidente da Fundação Palmares.

A decisão foi tomada após o juiz Emanuel Guera, da 18a Vara de Sobral, no Ceará, conceder uma liminar que suspendeu a indicação.

A nomeação de Camargo para chefiar a Fundação Palmares, órgão responsável por promover a cultura afro-brasileira, causou grande revolta entre militantes do movimento negro. Em suas redes sociais, ele negou a existência do "racismo real" no Brasil, disse que a escravidão foi "benéfica para os descendentes", defendeu o fim do Dia da Consciência Negra e afirmou que o movimento negro deveria ser extinto.

Camargo também já atacou personalidades negras, como a atriz Taís Araújo, o ator Lazaro Ramos e a vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2019. Ele também chamou a escritora Angela Davis de "baranga", a cantora Preta Gil de "ladra racista" e classificou os músicos Gilberto Gil, Leci Brandão, Mano Brown, Emicida e os deputados federais Talíria Petrone e David Miranda (ambos do PSOL-RJ) como "parasitas da raça negra no Brasil".

Segundo o juiz Emanuel Guerra, as declarações de Camargo acabam por "ofender justamente o público que deve ser protegido pela Fundação Palmares".

A suspensão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta quarta-feira.

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