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Haddad defende frentes progressistas e antifascistas contra Bolsonaro

"Sem implicar a perda de identidade dos progressistas"
publicado 06/06/2020
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(Foto 1: Ricardo Stuckert - Foto 2: Marcos Corrêa/PR)

O ex-prefeito de São Paulo e candidato do PT à Presidência em 2018, Fernando Haddad, defendeu a construção de frentes populares e antifascistas e justificou sua assinatura no manifesto Estamos Juntos.

Em artigo publicado na Folha de S.Paulo deste sábado 6/VI, ele relembrou uma entrevista concedida ainda em 2018 na qual afirmou que Jair Bolsonaro impõe uma estratégia mais complexa do que a usual: “'trabalhar em duas frentes: uma de defesa dos direitos sociais, que pode agregar personalidades que vão defender o SUS, o investimento em educação, a proteção dos mais pobres; a outra, em defesa dos direitos civis, da escola pública laica, das questões ambientais'. Em outras palavras: uma frente progressista; uma outra, antifascista. A segunda mais ampla que a primeira".

Haddad faz uma ressalva: "essa necessidade, contudo, não pode implicar perda de identidade dos progressistas e diluição de seus propósitos —no fundo o que a direita quer. Quando superarmos a ameaça fascista e garantirmos a preservação do Estado de Direito, se dará a verdadeira disputa democrática, entre diferentes times e sonhos. Espero que sem trapaça desta vez".