Haddad: o apelo à canetada encobre a fraqueza do dono da caneta
(Marcos Corrêa/PR)
Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São PAulo, analisa em sua coluna na Folha de S.Paulo deste sábado 11/IV o fracasso de Jair Bolsonaro ao lidar com a pandemia do coronavírus. Para Haddad, o "custo Bolsonaro" vai além do cálculo do PIB e se transforma em um "custo civilizatório".
"Esse governo não toma decisão de forma resoluta. Tudo é mais ou menos; é, mas pode não ser. O apelo às ditas canetadas encobre a fraqueza do dono da caneta", diz Haddad.
Ele estabelece, também, uma comparação entre uma pandemia - como a do coronavírus - e uma guerra.
"Em primeiro lugar, luta-se contra um inimigo externo. Isso dá condições aos homens públicos de crescer aos olhos da nação; basta que tenham estatura. Bolsonaro é dos poucos governantes que perdem popularidade na crise e o único tratado com ironia e desrespeito pela comunidade internacional. Um segundo fator é o tempo. Um dia de atraso pode decidir o desfecho de uma batalha. O desfecho de uma batalha pode decidir uma guerra. Que o digam Alexandre, Júlio Cesar, Napoleão ou Churchill. Estamos na mão de um tenente, expulso do Exército, humilhado nos bastidores até pelo seu ministro mais medíocre", afirma Haddad.