Imobiliárias governam o Prefake?
Na mesma semana em que o Prefake de São Paulo, João Doria, dedicou-se a perseguir o ex-presidente Lula pelo Nordeste, aconteceu um novo capítulo do desmonte da cidade que ele deveria governar.
Na quinta-feira, Doria demitiu a controladora-geral do município, a servidora Laura Barros, e a substituiu por um nome mais alinhado à sua administração.
A Controladoria Geral de São Paulo foi criada em maio de 2013 durante o governo de Fernando Haddad (PT) para prevenir e combater casos de corrupção na gestão municipal.
Desde o fim de julho, Laura Barros investigava uma quadrilha de servidores que cobrava propina para fazer vista grossa a anúncios irregulares de imobiliárias. O chefe de gabinete da subprefeitura da Lapa, Leandro Benko, foi gravado em suposta negociação de propina.
Leandro Benko é irmão do secretário de Turismo de Geraldo Alckmin (PSDB).
Em texto publicado nas redes sociais, o ex-prefeito Fernando Haddad afirmou que a demissão “foi mais um passo para retirar a autonomia do órgão”.
Servidores da Controladoria também suspeitam que Doria preferiu colocar no cargo alguém sobre quem pudesse ter maior controle. A ameaça para a gestão do Prefake é que o escândalo das propinas pode crescer.
Essa não foi a única baixa da gestão Doria no mesmo dia: o prefeito caviar demitiu também o secretário do Verde e Meio-Ambiente, Gilberto Natalini.
De acordo com servidores da pasta, Natalini havia denunciado um grupo de fiscais que, em troca de propina, antecipava a emissão de licenciamento ambiental para grandes empreendimentos imobiliários.
A controladoria-geral do município acompanhava as denúncias desde fevereiro.
Em tempo: segundo o PiG cheiroso, o PT irá pedir ao Ministério Público que investigue as viagens do Prefake. "Nós estamos questionando as viagens no horário de expediente", disse o presidente do PT de São Paulo, Paulo Fiorilo.