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INSPER vai dar um curso sobre a gestão do PCC

"Como ficar rico atras das grades"
publicado 19/01/2017
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Reprodução: O Globo

O INSPER se tornou o mais bem sucedido "think-tank" da Casa Grande.
Ultrapassou com facilidade a Mansão das Garças, no Rio, do Imortal Edmar Bracher.

O INSPER produz economistas de bancos, colonistas do PiG e, breve, nomeará o Ministro da Fazenda - que deu pra ser esculhambado pelo FMI! Pelo FMI! - e o do Banco Central Independente (independente do povo!).

Por tudo isso, o INSPER abrirá inscrições para o curso sobre "a estrutura organizativa que garante a expansão e a hegemonia do PCC", como se lê na excelente reportagem de Ligia Guimarães, no PiG cheiroso (cheiroso de tanto INSPERIANO que tem lá...):

Estrutura corporativa garante expansão e hegemonia do PCC

Gestão financeira, hierarquia e divisão do trabalho claras, cobrança de metas, comunicação eficiente e até desafios de sucessão estão entre os aspectos "empresariais" que marcam a estrutura da atuação criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC) e que, na visão de pesquisadores consultados pelo Valor, estão no cerne do que diferencia a facção das demais e resulta em sua trajetória de expansão e hegemonia nos presídios e em parte do tráfico de drogas de São Paulo.

"O crime organizado pressupõe uma hierarquia, previsão de lucros, planejamento empresarial, e uma certa relação com o Estado", afirma o pesquisador Marcelo Batista Nery, doutor em sociologia e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência/USP, que destaca também o pressuposto de "conluio" entre criminosos, empresários, comerciantes, tecnocratas e autoridades públicas.

Embora não tenha um modelo único de atuação em diferentes regiões do país, todos os documentos, inquéritos e trabalhos acadêmicos dedicados a investigar os crimes praticados pelo PCC apontam práticas, estratégias e técnicas de gestão frequentes na rotina da facção que, de tão bem estruturadas, lembram o dia a dia de uma gestão empresarial eficiente.

"O PCC é mais organizado que qualquer outra facção criminosa no Brasil, porque tem tarefas e cargos", afirma o analista criminal Guaracy Mingardi, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e especialista na atuação da facção criminosa. "O cara nunca é dono de uma boca [ponto de venda de drogas], por exemplo; quem trabalha para eles é gerente. Se alguém vai para um presídio federal e fica incomunicável, ou morre, eles nomeiam outra pessoa para o cargo. É uma decisão de cima, não da base", diz Mingardi. "É um sistema relativamente piramidal".
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