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Intimação de filho de Lula é prova do “país da meganhagem”

PF foi ao apartamento de Luis Cláudio Lula da Silva, às 23 horas, com a mulher grávida
publicado 30/10/2015
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bessinha que zona na policia federal

O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:


Intimação de filho de Lula, às 23 horas, é prova do “país da meganhagem”

Tenho afirmado aqui que o Brasil virou o país da “meganhagem”.

A Polícia passou a servir para produzir espetáculos políticos.

A polícia ter ido ao apartamento de Luis Cláudio Lula da Silva por volta das 23 horas da terça-feira, logo após ele ter chegado, com a mulher grávida, da festa de aniversário do pai é reveladora dos métodos que se empregam quando, em lugar de apurar, busca-se intimidar e humilhar.

Não é difícil acreditar que, até, os policiais estivessem de “campana” próximos ao Instituto Lula para segui-lo e intimá-lo assim que chegassem em casa.

Trata-se, é bom lembrar, de pessoa que não é acusada de nada, não está indiciada, tem endereço certo – aliás, apontado como suspeito por ter sido cedido por seu padrinho de batismo!

O tal depoimento seria hoje, quinta-feira, e havia obvio tempo hábil para que fosse feita, por exemplo, na manhã seguinte.

De novo, não é por ser apenas em relação ao filho do ex-presidente, é em relação a qualquer pessoa que não tem uma ordem de condução judicial, que apenas é intimada a prestar esclarecimentos.

É que quando se faz o que é desnecessário, é claro, está se fazendo algo com deliberada intenção em algo.

E, neste caso, o de provocar constrangimento.

Havia “risco de fuga”? Indicio de crime em flagrante? Qual o perigo que representava um rapaz com sua mulher grávida para ser perturbado neste horário? Onde estavam os policiais, “campanando” um ato particular onde se encontrava a Presidente da República? Com que fim, já que havia endereço sabido e não era aquele?

Infelizmente, não há na Polícia Federal chefes com capacidade de convocar seus subordinados a explicarem porque de uma notificação feita nestas circunstâncias e não segundo os procedimentos de praxe.

E não há, no Ministério da Justiça quem chame a direção da Polícia Federal às falas.

Porque aquilo é uma instituição da República e não o playground da meganhagem para fazer a sua politicagem de cabecinhas de pitbull.

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