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Itamaraty censura até 2024 documentos da política sobre gênero

Brasil se alia à Arábia Saudita
publicado 09/09/2019
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(Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

O Itamaraty, comandado por Ernesto Araújo (foto), censurou o acesso a documentos que explicam por que o governo brasileiro passou a rejeitar, na ONU, os termos "igualdade de gênero" e "educação sexual" em resoluções e textos oficiais.

A censura foi comunicada pelo Itamaraty a ONGs que haviam feito pedido por meio da Lei de Acesso à Informação, de acordo com reportagem de Jamil Chade no UOL.

O Ministério das Relações Exteriores alega, sem base, que haveria risco à posição negociadora do Brasil e até à segurança nacional.

Segundo o jornalista, o governo Bolsonaro surpreendeu há três meses nas Nações Unidas, quando passou a se aliar à atitude de sauditas e outros governos ultraconservadores no que se refere a temas relacionados a mulheres e família. Brasília e Riad, por exemplo, votaram juntas para retirar dos textos a referência à "igualdade de gênero"

O Itamaraty orientou diplomatas a explicar que "gênero era apenas 'homens e mulheres'".

Chade revela que em reuniões em Genebra a posição do Brasil foi escancaradamente ultraconservadora.

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