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Jovem está mais perto da Escravidão do que da carteira assinada!

Desemprego de jovens entre 18 e 24 anos é de 25%. Um colosso, Míriam!
publicado 12/05/2019
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Alex, 27 anos, nunca teve carteira assinada! (Reprodução/O Globo)

Do Globo canalha golpista e que agora não tem consumidor, nem quem financie da Previdênssia:

Brasileiro só consegue vaga formal após os 28 anos


O jovem brasileiro consegue o primeiro emprego com carteira assinada cada vez mais tarde. Em média, isso só acontece aos 28,6 anos, segundo levantamento da consultoria iDados a partir dos dados de 2017 da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), os mais recentes. A crise econômica dos últimos quatro anos agravou esse quadro. Entre 2006 e 2014, a idade média de ingresso no mercado formal girava em torno de 25 anos.

Segundo especialistas, a alta reflete o desemprego maior que a média do país entre os jovens, o segmento que tem mais dificuldades de conseguir uma vaga e que foi o mais afetado pela recessão. Também reflete uma questão estrutural do mercado de trabalho brasileiro, que historicamente tem nível elevado de ocupados na informalidade.

— Quando a crise veio, em 2015, um número grande de profissionais muito qualificados e experientes foram jogados no desemprego. Como o jovem precisa ser treinado pela empresa para só depois de algum tempo dar resultados, torna-se caro. Ele sofre concorrência desleal desse grupo mais qualificado, que está disponível e aceitando salários mais baixos para se recolocar — avalia Maria Andréia Lameiras, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Desemprego mais alto

No fim do ano passado, a taxa de desemprego do grupo na faixa etária entre 18 e 24 anos era de 25,2%, segundo o dado mais recente da pesquisa Pnad Contínua do IBGE. No conjunto total de trabalhadores, o índice estava em 11,6%.

Adriana Carlos, de 42 anos, só conseguiu o primeiro emprego formal quando completou 32 anos e foi contratada como auxiliar de serviços gerais. Ela acredita que a baixa escolaridade — estudou até o 6° ano do ensino fundamental — explica a dificuldade. Acabou demitida em 2016, quando a recessão se aprofundou. Sem conseguir uma nova vaga, a saída foi vender amendoim e coco torrados nas ruas.

— Chego às oito da manhã, saio às oito da noite, e ainda tenho problemas com guardas municipais porque minha barraca não é regularizada. Quero assinar a carteira para ter um emprego seguro e direitos. Continuo entregando currículo, mas nunca tenho retorno — conta a ambulante, que vive na Tijuca, Zona Norte do Rio.

A dificuldade de obter vaga formal também atinge os mais escolarizados. É o caso de Lucas Ferreira, de 25 anos. Formado em Letras pela UFF, ainda tem a carteira em branco.

— Tem horas que bate o desespero. Já estou com 25 anos e sem perspectivas. Enviei currículos para várias escolas da minha região, mas ninguém contrata sem experiência — diz o morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Enquanto não consegue vaga com carteira, Lucas atua como professor voluntário de um pré-vestibular social, para ganhar experiência, e aproveita o tempo cursando uma pós-graduação. Diz que não queria se tornar um “nem-nem” (jovens que não trabalham nem estudam), mas ressalta que isso só foi possível porque conta com os pais:

— Meus pais têm empregos formais e podem me manter. Espero que a pós ajude a turbinar meu currículo.

Impacto na previdência

O atraso da entrada do jovem no mercado prejudica o financiamento da Previdência, já que os brasileiros demoram a começar a contribuir com o INSS. Entre 2012 e 2018, a parcela de jovens de 18 a 24 anos entre os contribuintes caiu de 36,5% para 28,5%, segundo o iDados. A conta inclui trabalhadores dos setores público e privado e autônomos.

(...)

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