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Judge Murrow toma vaia em hotel na Bahia

Justissa proibiu manifestações no Shopping, mas não no hotel!
publicado 23/08/2018
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Protesto contra Sérgio Moro em frente ao Shopping Barra, em Salvador/BA. Foto: Fórum dos Movimentos Sociais de Salvador

O Conversa Afiada reproduz da Revista Fórum

De nada adiantou a proibição pelo juiz de direito Carlos Cerqueira Júnior, da 6ª Vara Cível e Comercial, de realização de ato pró-Lula no Shopping Barra em Salvador, enquanto por lá estivesse acontecendo evento que contava com a presença de Sérgio Moro entre outras autoridades.

Para não levar multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento da medida, resolveram mudar o local da manifestação, e foram para a porta do hotel, na noite desta quarta-feira (22), onde se hospedavam os participantes do o III Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, o que acabou por ser mais eficiente, de acordo com os manifestantes.

“A manifestação no hotel foi ótima, eles foram pegos de surpresa. Causamos o maior constrangimento a ele (Moro) e aos demais que estavam lá. Dissemos tudo que tinha pra ser dito”, revelou.

Além do juiz Sérgio Moro, estavam confirmados para participar do evento agentes da Polícia Federal e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, dentre outras personalidades são esperados no encontro.

De acordo com informações obtidas pelo jornal Bocão News, de Salvador, o magistrado proibiu “quaisquer tipos de atos de tumulto, vandalismo, violência, agressões ruidosas, lançamentos de objetos, ameaça, protesto, sedição, conturbação, desordem e repúdio violento, interdição de ruas, passagens, trânsito de veículos e tráfego de pessoas, no interior das dependências do shopping, e fora delas, por ocasião do III Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, programado para acontecer nos dias 23 e 24 dos correntes mês e ano, sob pena de desobediência à ordem judicial”.

O processo movido na Justiça pelo Condomínio Shopping Barra tem como alvo o movimento Lula Livre, que fez um “trompetaço” há poucos dias em defesa do ex-presidente dentro do centro de compras da capital.

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Antes o Conversa Afiada tinha publicado:

Justissa da Bahia proíbe manifestação contra Moro!
Barroso, o movimento não tem CNPJ, Barroso!

Justiça proíbe protesto contra Moro em Salvador


A Justiça da Bahia proibiu a realização de protestos nas dependências no Shopping Barra, em Salvador, nesta quinta-feira (22), quando o juiz Sergio Moro participará de um simpósio no local.

A ação foi movida pelo próprio Shopping Barra com o “intuito de sustar a realização de atos de protesto e repúdio violento, dentro de suas dependências”. Consta como réu na ação “Movimento Lula Livre”, sem especificar quem faz parte ou é responsável por este.

Na sentença, o juiz Carlos Cerqueira Júnior justifica sua decisão destacando a presença de “dignas autoridades” no simpósio, organizado pela Associação dos Delegados da Polícia Federal.

Além de Moro, participam do evento o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, e Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça.

O magistrado afirmou estar preocupado diante da “polarização política e da existência de grupos com divergências ideológicas pontuais”.

E destaca que recentes manifestações do Movimento Lula Livre tiveram registros de violência e foram marcadas por “condutas sediciosas, contrárias à Lei e a Ordem Públicas”.

Há cerca de uma semana, um grupo de apoiadores do ex-presidente Lula fez um ato na praça de alimentação desse mesmo shopping, defendendo a candidatura do petista à Presidência, mas não foram registradas ocorrências de brigas.

O juiz determina que, caso a decisão seja descumprida, será aplicada multa diária de R$ 100 mil ao Movimento Lula Livre.

Procurado, o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, afirmou que o partido não está organizando nenhum protesto contra o juiz Sergio Moro. Mas criticou a decisão da Justiça.

“O direito de ir e vir e da livre manifestação ordeira tem que ser garantido. Proibi-lo é uma afronta à democracia”, disse.

O petista ainda disse estranhar o fato de o “Movimento Lula Livre” constar como réu na ação: “O movimento pela liberdade de Lula é espontâneo. Não existe endereço ou CNPJ dessa suposta instituição”.

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