Kakay põe a Lava Jato no banco dos réus!
O Conversa Afiada reproduz convite do advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida, o Kakay:
Vocês verão a força da advocacia de defesa que eles tanto querem exterminar. A ironia e o humor também fazem parte da nossa luta. Aguardem.
Em tempo:
Há muitos anos, quando ocorreu a chacina dos sem terra no Pará, com enorme repercussão internacional, foi feito um júri simulado no Senado, no auditório Petronio Portella. O Jose Saramago presidiu o júri. O Claudio Fontelles, PGR, foi o acusador. A Marina Silva, Paulo Delgado dentre outros foram os jurados. O réu era o Estado do Pará. Eu fui o advogado de defesa. No início os trabalhadores rurais , que lotavam o auditório, me vaiavam por não entenderem o caráter simbólico. Parecia real. Minha "defesa" foi dizer que a responsabilidade era do Governo Federal, pela falta da reforma agrária e pedi a condenação não do Estado do Pará - meu "cliente" - mas do Governo Federal. A plateia mudou e os trabalhadores passaram para o meu lado. Esta é a "mágica" que terei que fazer, encontrar uma tese para "defender" o indefensável na lava jato... O uso da ironia e da sátira para denunciar os abusos se faz necessário quando a nossa voz crítica no dia a dia não consegue ser ouvida.Continuamos na luta por um Estado democrático de direito, o respeito às garantias constitucionais e a dignidade da pessoa. Tempos estranhos...
Kakay