Lava Jato apela para propaganda em outdoor
O Conversa Afiada reproduz artigo do Blog do Esmael Morais:
Se outdoor fosse gente, a Lava Jato estaria em alta. Mas a força-tarefa de Sérgio Moro não goza mais de tanto de prestígio e outdoor não é gente.
Dito isto, vamos ao cerne da questão.
Milhares de outdoors foram espalhados na capital paranaense, às vésperas do depoimento do ex-presidente Lula, em tom provocativo? “Seja bem-vindo! A ‘República de Curitiba’ te espera de grades abertas.”
A campanha da Lava Jato tem até agência de propaganda para a campanha extemporânea negativa contra o PT e o pré-candidato Lula. As peças publicitárias são assinadas pelos movimentos fascistas ‘Vem Pra Rua’ e ‘MBL.
A campanha extemporânea negativa (alô, defesa de Lula!) é milionária. Não se sabe como é paga e por quem, embora haja pistas. Para usar a expressão do procurador da República Diogo Castor de Mattos, membro da força-tarefa Lava Jato, seria precisa uma outra Lava Jato para investigar a farra pró-Moro e Deltan Dallagnol.
As suspeitas de que dinheiro mal havido financia as manifestações de grupos fascistas pela queda de Dilma Rousseff e agora pela prisão de Lula não são de hoje, como o leitor pode verificar aqui.
Em desgraça nos partidos políticos, os marqueteiros estão em alta na Lava Jato. A força-tarefa em até uma agência de propaganda — a OpusMúltipla, de Curitiba. A mesma que atende aos tucanos. Portanto, a força-tarefa age como as legendas partidárias sempre agiram.
Quanto ao protesto organizado pelos “coxinhas” na próxima quarta-feira, dia 10, a tendência é que seja um novo fracasso para a coleção. As últimas seis tentativas de manifestação desses grupelhos não reuniu 30 pessoas.
O clima borocoxô na Lava Jato pôde sentir nesta quinta-feira (4) com a soltura do ex-ministro José Dirceu. Apontado pelo PT como responsável pela crise econômica e desemprego no país, Moro já não reúne muitos adeptos nem na capital paranaense.
Também contribui para a depressão na força-tarefa as sucessivas reformas de sentenças nas instâncias superiores, isto é, TRF-4 e STF, o que desmitificou a “invencibilidade” do juiz Sérgio Moro. Tais derrotas reforçam as teses de partidarização e abuso de autoridade levantadas pela defesa de Lula.