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Lewandowski: Lava Jato foi muito seletiva!

E o julgamento do Moro, ministro?
publicado 07/01/2020
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(Crédito: Nelson Jr/SCO/STF)

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), constatou nesta terça-feira 7/I a seletividade da Operação Lava Jato, fundamental para a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder.

Questionado pelo jornal El País sobre "o que havia dado errado nas operações da Lava Jato", o ministro disse que elas "foram extremamente seletivas, elas não foram democráticas no sentido de pegar os oligarcas de maneira ampla e abrangente".

Para o ministro, "essa avaliação episódica que certas operações produziram pode se mostrar no futuro próximo realmente uma falácia".

Lewandowski ainda falou sobre as revelações, pelo Intercept Brasil, das promíscuas relações entre os procuradores da força-tarefa e o então juiz Sergio Moro.

"As revelações do The Intercept são gravíssimas, denúncias que precisam ser apuradas e que, diga-se, até o momento não foram desmentidas. Agora, o Supremo já corrigiu certos desmandos que ocorreram, não só no âmbito da operação Lava Jato, mas também em outros juízos, de 1º e 2º graus", disse Lewandowski.

Entre as correções feitas pelo Supremo, ele cita a decisão de tornar inconstitucional a condução coercitiva e de exigir mais provas, e não apenas uma delação premiada, para denunciar ou condenar um réu.

Em tempo: diante disso, é impossível não perguntar ao ministro: e o julgamento da óbvia parcialidade do ex-juiz Moro? O STF terá coragem de peitar o Conge?

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