Mandetta recusa demissão de secretário: "sairemos juntos"
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não aceitou a demissão do secretário de Vigilância Sanitária, Wanderson de Oliveira.
"Hoje teve muito ruído por conta do Wanderson. Já falei que não aceito. Wanderson continua, está aqui. Acabou esse assunto. Vamos trabalhar juntos até o momento de sairmos juntos do Ministério da Saúde", declarou em entrevista coletiva nesta quarta-feira 15/IV.
Na entrevista, o Ministério da Saúde também atualizou os dados sobre o avanço da Covid-19 pelo Brasil: o país registra oficialmente 1736 mortes (eram 1532 na terça, ou seja, houve 204 mortes nas últimas 24 horas); e 28.320 casos confirmados (aumento de 12% em relação a terça, quando eram registrados 25.262)
Mais cedo nesta quarta, Wanderson de Oliveira pediu demissão frente à provável queda de Mandetta por não compactuar com as sandices de Jair Bolsonaro em relação ao isolamento social. A propósito, leia a reportagem do Conversa Afiada:
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, pediu demissão na manhã desta quarta-feira 15/IV. A informação foi confirmada pela pasta.
Wanderson, apontado como um dos formuladores da estratégia de combate à pandemia do novo coronavírus, era uma das autoridades do ministério que mais participavam de entrevistas da pasta.
Esse é mais um indício de que a saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deve se confirmar nas próximas horas - ou, no mais tardar, nos próximos dias. Em carta enviada a funcionários do ministério, Wanderson projeta o fim da gestão Mandetta:
“Finalmente chegou o momento de despedida. Ontem, tive reunião com o ministro, e sua saída está programada para as próximas horas ou dias. Infelizmente, não temos como precisar o momento exato”, escreveu Wanderson.