Marco Aurélio concorda com Requião: chega de julgar por "simpatia" ou "antipatia"
O senador Roberto Requião, do MDB do Paraná, fez na quarta-feira 13/VI, no plenário do Senado, um irrepreensível discurso em defesa de uma Justiça independente e alheia a pressões.
Ele falava especificamente do caso da senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, que será julgada pelo Supremo Tribunal Federal na próxima terça, 19/VI.
Requião lembrou que basta comparar o caso de Gleisi com o de senadores que tiveram denúncias arquivadas para entender o contexto:
"É tão óbvio! Só não vê, só não acredita quem foi abduzido pela imoralidade desses tempos tão trevosos. Que se faça a luz, que se faça a justiça".
O senador reforçou que Gleisi é vítima de uma reação por parte da imprensa, do Judiciário e do Ministério Público às suas posições em defesa dos trabalhadores, da soberania nacional, do capital produtivo e das mulheres - e que a perseguição se intensificou quando Gleisi assumiu a presidência do partido.
Nesta quinta, 14/VI, o Ministro Marco Aurélio Mello, do STF, citou o discurso de Requião durante a sessão em que o tribunal proibiu em definitivo as conduções coercitivas que os lavajatenses, sob o comando do Judge Murrow, amam de paixão.
O Ministro concorda com Requião:
- não há moralidade em um sistema judiciário que faz da licença hermenêutica a lei;
- que acusa, processa e condena segundo a visão de mundo dos juízes, segundo simpatias ou antipatias
- essas palavras são oportunas no que se refere ao afã de chegar a melhores dias e de se ter a correção de rumos
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