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Margaridas: a mobilização começa muito antes da Marcha!

100 mil mulheres em Brasília pela verdadeira Democracia!
publicado 13/08/2019
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A Marcha das Margaridas 2019, sob o lema "Margaridas na Luta por um Brasil com Soberania Popular, Democracia, Justiça, Igualdade e Livre de Violência", acontece oficialmente na manhã desta quarta-feira, 14/VIII, com mais de 100 mil mulheres do campo, da floresta e das águas partindo em direção à Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

São 27 federações e mais de 4 mil os sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura (Contag), que promove as Marchas com parceria e apoio de movimentos feministas, de mulheres trabalhadoras, centrais sindicais e organizações internacionais.

Mas a mobilização que desembocará na Marcha de amanhã na capital federal já está a todo vapor.

Na manhã desta terça  houve uma sessão solene na Câmara dos Deputados.

Veja algumas imagens:

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Representando a Comissão Nacional de Mulheres da Contag, a dirigente paraense Camila Castro denunciou a violência e os retrocessos que  acontecem na região norte e em todo o Brasil (Crédito: Facebook/Marcha das Margaridas)

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Margaridas encheram o Plenário da Câmara nesta terça, 13/VIII (Crédito: Facebook/Marcha das Margaridas)

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A primeira deputada indígena do Brasil, Joenia Wapichana (Rede-RR), saúda as mulheres do campo, da floresta e das águas (Crédito: Facebook/Marcha das Margaridas)

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deputado federal Carlos Veras (PT-PE) e a vereadora Natália Bonavides (PT-RN) homenageiam a Marcha das Margaridas (Crédito: Facebook/Marcha das Margaridas)

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“Lindo e poderoso encontro das mulheres indígenas com as trabalhadoras rurais. Estamos aqui para somar forças porque a terra é mãe de todas nós”, afirmou a liderança Sônia Guajajara (PSOL) na sessão solene (Crédito: Facebook/Marcha das Margaridas)

Após a sessão, as mulheres se juntaram aos professores e estudantes na manifestação contra o desmonte da Educação pelo Governo Bolsonaro.

(A propósito, não deixe de acompanhar a cobertura que o Conversa Afiada faz em tempo real dos atos por todo o Brasil):

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(Crédito: Facebook/Marcha das Margaridas)

A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé, multidão e atividades ao ar livre(Crédito: Facebook/Marcha das Margaridas)

Os principais eixos políticos da Marcha deste ano representam os pontos mais ameaçados pelo avanço autoritário do Governo Bolsonaro. As mulheres marcharão em defesa:

- da terra, da água e da agroecologia;

- da autodeterminação dos povos, com soberania alimentar e energética;

- da proteção e da conservação da sociobiodiversidade;

- da autonomia econômica, do trabalho e da renda;

- de previdência e assistência social públicas, universais e solidárias;

- da saúde pública e do SUS;

- de uma educação antirracista e do direito à educação do campo;

- da autonomia e da liberdade das mulheres sobre seu corpo e sua sexualidade;

- de uma vida livre de todas as formas de violência;

- de uma Democracia com igualdade e fortalecimento da participação política das mulheres.

O símbolo da Marcha das Margaridas é Margarida Maria Alves, trabalhadora rural nordestina que enfrentou o machismo e ocupou, por 12 anos, a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba.

Foi uma lutadora incansável pelo direito à terra e à reforma agrária.

Fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural porque sabia do poder de emancipação por meio da Educação.

Margarida foi assassinada aos 40 anos, em 12 de agosto de 1983, na porta da casa onde morava, por pistoleiros.

O assassinato foi uma retaliação a Margarida pelas denúncias que ela fazia contra abusos aos direitos dos trabalhadores em usinas da região.

Com a força e a inspiração de Margarida, esta Marcha será a primeira desde o Golpe contra a Presidenta Dilma Rousseff, em 2016.

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