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Massacre de Paraisópolis: Corregedoria da PM alega "legítima defesa"

E corresponsabiliza pais das vítimas
publicado 05/03/2020
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Protesto contra a ação policial que resultou no massacre de Paraisópolis, no final de 2019 (Reprodução/Redes Sociais)

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo reconhece, em relatório, que as mortes de nove jovens durante baile funk na comunidade de Paraisópolis (zona sul da capital paulista) no final de 2019 decorreram de ação policial. No entanto, o órgão cita "legítima defesa" para pedir a absolvição dos PMs envolvidos.

“Aponto o nexo de causalidade entre a ação dos 31 policiais militares averiguados e a morte das nove vítimas na comunidade de Paraisópolis, porém marco que houve excludente de ilicitude da legítima defesa própria e de terceiros”, diz trecho do documento obtido pela Folha de S.Paulo e divulgado nesta quinta-feira 5/III.

Como lembra o jornal, é com base nesse documento, entregue à Justiça Militar em fevereiro, que a PM pediu o arquivamento das investigações contra os oficiais envolvidos. O Ministério Público pediu, no entanto, novas diligências.

Diz a reportagem:

Além de citar os PMs como responsáveis pelas mortes, o documento indica corresponsáveis pela tragédia, entre eles os próprios responsáveis pelos jovens. “Notadamente, todos negligenciaram o ‘pátrio poder’ e subsidiariamente têm suas parcelas de responsabilidades pela omissão na guarda dos menores.”

Apesar de pedir arquivamento da investigação contra os PMs sobre as mortes, o relatório lista falhas operacionais dos agentes, como GPS das viaturas desligados, e sugere abrir investigação.