Médica do InCor: cloroquina tem sido vista como salvadora, mas não é
(Redes Sociais)
A cardiologista e intensivista Ludhmila Abrahão Hajjar, diretora de ciência e tecnologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, afirmou que há um otimismo exagerado sobre a cloroquina. A especialista apontou que há riscos cardíacos no uso medicamento e que jamais a recomendaria para casos leves de Covid-19.
“Cloroquina não é vacina. Está sendo vista como salvadora, e não é. Mas se você fala isso, já começa a apanhar porque virou uma questão nacional de pressão. Mas a realidade científica é essa, não tem evidência”, diz a médica e professora do Instituto do Coração (InCor) à Folha de S.Paulo.
Ela fez parte de comissão de especialistas que se reuniu com Jair Bolsonaro para discutir a cloroquina. Hajjar também integra um grupo de pesquisadores que estudam eficácia e a segurança da cloroquina. Dados preliminares de uma pesquisa em Manaus (AM) apontaram que altas doses da substância aumentam a taxa de letalidade em pacientes graves internados.