Militares decidem se afundar com Bolsonaro
As saídas de ex-ministros importantes do governo, as atitudes condenáveis em meio à pandemia e as denúncias que se avolumam não são suficientes, ainda, para fazer a ala militar abandonar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo o Valor Econômico, mesmo contrariados com os processos que culminaram com as demissões dos ministros Sergio Moro (Justiça) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde), os militares do governo seguem fechados com o presidente.
Um desembarque do governo, hipótese levantada em alguns meios de comunicação nos últimos dias, é algo que não está no horizonte neste momento para os ministros fardados.
Embora tenham tentado demover o presidente de entrar em colisão com Moro e Mandetta, os ministros Walter Souza Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) têm dito a interlocutores que se irritaram com as posturas dos ex-ministros no embate com Bolsonaro.
Os militares acusam Moro de ter dado um “golpe baixo” ao repassar ao “Jornal Nacional” “prints” com conversas por WhatsApp dele com Bolsonaro e com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), sua afilhada de casamento.
Já Mandetta teria agido com ambições eleitorais e forçado a própria demissão ao conceder uma entrevista ao “Fantástico” em que critica posturas do presidente em meio à pandemia.