Ministério Público vai investigar lavajateiro acusado de receber propina
O procurador Januário Paludo (Reprodução: Assessoria de Comunicação/Ministério Público do Paraná)
No último dia 30/XI o Conversa Afiada mostrou aos amigos navegantes que o doleiro Dário Messer afirmou, em mensagens de WhatsApp obtidas pela Polícia Federal, ter pago propina a Januário Paludo, procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba.
Messer, o "doleiro dos doleiros", repassaria valores mensais ao procurador em troca de proteção contra investigações a respeito de suas atividades ilícitas.
Entretanto, é possível que, desta vez, tal irregularidade da Lava Jato não fique por isso mesmo.
Reportagem de Reynaldo Turollo na Folha de São Paulo de hoje 5/XII mostra que o Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar as descobertas da Polícia Federal.
De acordo com a reportagem, integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) "avaliaram o caso como 'gravíssimo'".
Ao mesmo tempo, a corregedoria do MPF instaurou uma sindicância paralela para avaliar as mesmas suspeitas do ponto de vista ético e disciplinar.
Januário Paludo é membro da Operação Lava Jato desde sua criação, em 2014. Ele desempenha um papel de conselheiro do procurador Deltan Dallagnol, além de possuir uma amizade com o atual ministro Sérgio Moro.
Paludo tornou-se famoso, também, após reportagem da Vaza Jato do Intercept Brasil do dia 27/VIII revelar que ele e outros procuradores fizeram deboche sobre a morte de familiares do presidente Lula.
Sobre a morte de D. Marisa Letícia, em fevereiro de 2017, Paludo comentou: "estão eliminando as testemunhas".
Em janeiro de 2019, quando da morte do irmão Vavá, Januário Paludo afirmou que "o safado só queria passear".
As revelações também repercutiram na Câmara: o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que Paludo é "a ponta podre do iceberg da Farsa Jato". Já o ex-deputado Wadih Damous (PT-RJ) classificou o procurador como "um bate-pau da Lava Jato".
O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa de Curitiba, por sua vez, reiterou que "confia integralmente" no colega.
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