Ministro da Defesa quer ir à Justiça contra Gilmar por fala sobre Exército e "genocídio"
(Foto 1: Marcos Corrêa/PR - Foto 2: Marcos Corrêa/PR)
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, avalia junto aos comandantes das Forças Armadas e à Advocacia-Geral da União (AGU) tomar medidas em reação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que disse neste final de semana que o Exército está se associando a um “genocídio”, em referência à crise sanitária da Covid-19 agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde.
Azevedo afirmou estar “indignado” com o que considera “acusações levianas” do magistrado do STF. O ministro da Defesa “está avaliando junto com os comandantes de força a situação, considerando todos os aspectos”.
Segundo o Estadão, os comandantes e Azevedo passaram o domingo conversando por telefone para traçar uma estratégia de reação à fala de Gilmar. Não está descartada a possibilidade de o governo acionar a Justiça para cobrar uma retratação de Gilmar.
Gilmar não comentou a reação dos militares. No Twitter, o ministro disse que não se furta a “criticar a opção de ocupar o Ministério da Saúde predominantemente com militares”. “A política pública de saúde deve ser pensada e planejada por especialistas, dentro dos marcos constitucionais. Que isso seja revisto, para o bem das FAs (Forças Armadas) e da saúde do Brasil”, escreveu.