Ministro de Maduro acusa Brasil de envolvimento em ataque no sul da Venezuela
Soldados do 513º Batalhão juraram lealdade a Maduro e ao chavismo em janeiro de 2019 (Reprodução: Twitter/@513bisM)
Soldados da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) da Venezuela se rebelaram neste domingo 22/XII em um quartel na cidade de Luepa, no sul do país, contra o governo de Nicolás Maduro.
Segundo a agência de notícias Infobae, da Argentina, o motim foi levado a cabo por oficiais do 513o Batalhão da GNB. Após tomarem o quartel, os rebeldes fizeram o comandante da base de refém e atacaram um posto policial da cidade.
Houve uma troca de tiros entre os amotinados e militares leais ao governo Maduro. Um soldado do governo legítimo morreu. Outros seis militares que participaram do levante foram detidos.
As forças rebeldes roubaram cerca de 110 fuzis AK-103, além de pistolas e escopetas. Após o tiroteiro, soldados chavistas recuperaram a maior parte das armas.
A cidade de Luepa fica a cerca de 170 quilômetros da fronteira com o estado brasileiro de Roraima. É uma região de difícil acesso, porém conhecida pelas reservas de ouro e diamantes.
O ministro das Comunicações da Venezuela Jorge Rodríguez afirmou em seu Twitter que os soldados rebeldes receberam ajuda dos governos do Brasil e da Colômbia: "na madrugada de hoje uma unidade militar fronteiriça no sul da Venezuela foi atacada por um grupo de terroristas armados. Esses criminosos foram treinados em acampamentos paramilitares já identificados na Colômbia e receberam a colaboração maliciosa do governo de Jair Bolsonaro", disse o ministro - sem explicar, entretanto, no que consistiria a ajuda brasileira.
O chanceler Jorge Arreaza também utilizou a rede social para comentar o caso: "trata-se de uma estratégia golpista de colaboração dos governos do Cartel de Lima para produzir violência, morte e desestabilização política na Venezuela".
De acordo com O Globo, "o Palácio do Planalto disse que não vai comentar as acusações de Jorge Rodríguez". O Itamaraty negou qualquer envolvimento no caso.
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