MP deixa lacunas e não prova que não houve exclusão de áudios da portaria
Em coletiva de imprensa na quarta-feira 30/X, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) sustentou que resta comprovado que o porteiro do Condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, errou ao ligar Bolsonaro a um acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Reportagem do UOL, no entanto, ressalta que a perícia feita pelos técnicos do MP apresenta lacunas e não exclui a possibilidade de que áudios do sistema de interfone tenham sido excluídos antes de chegarem à Polícia Civil.
De acordo com as promotoras - pelo menos uma das quais bolsonarista assumida -, o que foi avaliado pelos peritos é uma possível adulteração nos áudios recebidos pela Delegacia de Homicídios (DH).
"O quesito foi se a gravação é íntegra ou se há indícios de adulteração. O que os técnicos responderam é que não foram encontrados indícios de adulteração", disse a coordenadora do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Simone Sibílio.
Ao ser questionada sobre a possibilidade de exclusão de áudios, ela não garantiu a integralidade do sistema.
"O que foi auditado foi isso e a gente não pode elocubrar. O quesito foi esse e a resposta foi essa", disse ela.
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