MP e a PF têm um limite: a caverna do PSDB

O Ataulpho Merval de Paiva teve uma epifania, ao acompanhar as atividades da “Operação Catilinárias”, que, depois de um século de espera pelo fracasso retumbante, foi à casa do Cunha.
Ataulpho descreve seu êxtase” na colona do Globo:
“… não há limites, a não ser os da lei, para a ação do MP e da PF”.
Claro, grampear mictório de preso e vender ao Esteves a delação do Cerveró são duas das atividades “legais” da PF.
E o MP?
O Grandis MP?
O MP que esquece na gaveta o processo que ia incriminar o Tarja Preta?
E o Dr Janot, que não vai a Furnas, nem depois que o Rogério Correia lhe entregou em mãos a Lista autenticada?
O Ataulpho, como sempre, toma a parte (que lhe interessa) pelo todo.
O MP e a PF têm, sim, um limite.
E não é o da lei.
É o da preferência política.
É o limite que o Moro determinou: o “Não vem ao caso”.
É o limite dos umbrais da caverna do PSDB.
Para a PF e o MP, dentro da caverna tem um Ciclope perigosíssimo e não convém despertá-lo.
Pode provocar a ira da Casa Grande.
E o Moro, MP, a PF e o Ataulpho tem um respeito religioso pelos dogmas da Casa Grande.
Menos, Ataulpho, menos…
E se o Delcídio falar do Preciado ?
E se o Tiaguinho Cedraz falar de seus clientes no STJ?
Em tempo: você se esqueceu de citar o senador Fernando Bezerra, Ataulpho. O Senador também recebeu uma visitinha da PF em Petrolina. E se ele revelar quem é o dono do jatinho? E se o Bezerra enlamear o Eduardo Campos e sua vice, a Bláblárina, que, a seu tempo, você celebrou em suas homilias?
Paulo Henrique Amorim