"Não tem comida em casa", diz mãe de criança vítima do zika na fila do INSS
Jéssica cuida sozinha dos dois filhos com os R$ 171 do Bolsa Família e espera benefício para a filha com microcefalia há um ano
Reportagem da BBC Brasil mostra como vivem as mães de crianças vítimas do zika na fila do INSS.
Um dos casos é o de Jéssica Paula Lima, que relata: "Não tem comida em casa, o que tinha já acabou". A jovem de 26 anos é mãe da pequena Brenda, de 1 ano e 5 meses, que não chega a pesar 7,3 Kg.
Quando levou a filha ao médico, no dia 12 de fevereiro, Jessica foi alertada de que a menina precisa ganhar peso.
A matéria revela os números do INSS no governo Bolsonaro: existem atualmente no país 420 mil pedidos de BPC (Benefício de Prestação Continuada) como os de Jéssica, que aguardam mais de 45 dias para serem analisados.
De acordo com o texto, os atrasos atingem justamente a parcela mais vulnerável da população, que em geral não tem outra alternativa de renda, nem condições de trabalhar.
No caso de Jéssica, como nos da maioria das mães de crianças com a Síndrome Congênita do Zika, conciliar outras atividades é impossível: os cuidados com as crianças, que têm pouca ou nenhuma autonomia para atividades cotidianas, exigem dedicação em tempo integral, e a mãe quase sempre é sobrecarregada.
Na segunda-feira (02/III), Jéssica recebeu uma boa notícia: foi agendanda sua perícia para o dia 12 de março, um ano após ter dado entrada no BPC, para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, em uma agência do Instituto Nacional do Seguro Social de Recife, em Pernambuco.
"Nem acredito", comemorou.
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