Nassif: Tanure da Oi é o Dantas da BrOi
O amigo navegante conhece a patranha da BrOi.
Acompanha também as suspeitas atividades do Nelson Tanure e do Hélio Costa na Oi.
Agora, o Nassif enrola um nas tripas do outro, com o barbante do inesquecível Eurípedes Alcântara:
As estratégias jurídicas de Tanure e Daniel Dantas
Antes da grande guerra em torno das teles, tive uma última conversa com o banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity. Foi em um café da manhã em um hotel da Paulista.
No meio do café, Dantas ficava com olhar vago, não se fixando em nada, como se tivesse pensando em voz alta. E falava da estratégia de seu conterrâneo Nelson Tanure, de usar as ações judiciais como parte de uma estratégia comercial. Tanure entrava em uma empresa em dificuldades, comprava participação, depois criava todo tipo de obstáculo para vender caro a retirada.
Foi assim com o Banco Boa Vista, adquirido pelo Bradesco.
Dantas reclamava que seus advogados não conseguiam sair da letra fria da lei e pensar estrategicamente, usando as ações como um elemento a mais.
Na grande batalha da Satiagraha, Dantas usou armas mais potentes. De um lado, um enorme imbróglio jurídico para vender caro sua participação. De outro, a compra despudorada de apoio da mídia, com 12 páginas de publicidade na Veja, casando com artigos em sua defesa.
Agora, na disputa pela Oi, Tanure repete sua estratégia habitual. Adquiriu posição acionária na bacia das almas e dificultará ao Máximo qualquer solução. E, para a parte jornalística, contratou o ex-diretor de redação de Veja, Eurípides Alcântara, que estava no comando da revista na época da parceria com o Opportunity, com rendimento de R$ 100 mil mensais.
Como diretor da revista, Eurípides conseguiu perder batalhas jornalísticas mesmo estando no comando de uma máquina de guerra. Em seu período produziu capas como as contas falsas no exterior, a invasão das FARCs, o dinheiro de Cuba, o grampo no Supremo.
Agora, na infantaria do lobby, ainda não se tem clareza sobre qual a estratégia que montou para Tanure, já que o álibi do macartismo não se aplica nesse jogo. E a Veja tenta de todo jeito se desfazer da herança complexa daqueles tempos.