O ataque fascista à UNB
Uma ação para "endireitar" a universidade
publicado
19/06/2016
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Reprodução: Chico Santanna
Sexta-feira quente e sectária na UnB
Um grupo de 30 pessoas, portando cassetetes e pistolas elétricas, invadiu o campus entoando mensagem de intolerância. Duas explosões foram ouvidas.
O campus da Universidade de Brasília vivenciou mais uma experiência de intolerância e sectarismo, na noite desta sexta-feira, 17/6. Duas explosões foram verificadas na entrada Norte – Ceubinho – do Instituto de Ciências, o Minhocão. A situação foi descrita por alguns alunos como “assustadora”.
Segundo os relatos, já era início da noite quando um grupo de 30 pessoas – à primeira vista não seriam estudantes -, entrou no campus, hostilizando os universitários. Vestidos com blusas decoradas com as palavras de ordem “Fora PT” e “Bolsonaro presidente”. “Estavam extremamente agressivos, e iam para cima de quem estava passando no ICC com uma postura de intimidação, recheada de razão”relata um dos universitários. “Tinham uns dois senhores com cassetetes. E um deles gritou: ‘Isso é só o começo, vamos voltar com mais’”. Eles portavam cassetetes e armas de choque e estariam ávidos por enfrentamento corporal, uma briga no Campus. Por lei, as pistolas elétricas são privativas das forças policiais.
Com auxílio de megafone, o grupo pedia a voltada Ditadura Militar e entoava frases do tipo: “aqui é lugar de estudar e não de fumar maconha”, ” vocês são comunistas safados”, “Bolsonaro nosso presidente”, “acabou a mamata”. A intolerância verbalizada nos xingamentos e ofensas aos estudantes se mostrava presente, não apenas, na questão ideológica, mas era também de caráter homofóbico.
” Viados” ” vagabundos”, “comunistas nojentos”, “maconheiros”, “há, há! Agora vão ter que estudar”.
Os estudantes que estavam no campus, em especial os alunos do turno noturno, ficaram extremamente nervosos e com medos. Não havia policiamento e a segurança privada contratada pela UnB, segundo os relatos, “os guardas da UnB olhavam e riam”.
“A maioria de nós ficou olhando, perplexos com o que estávamos vendo. E quando um grupo pequeno de estudantes pensou em se contrapor, uma mulher que estava no grupo manifestante, “tirou com um sorriso frio e nefasto uma arma de choque. Sério, ela tirou e apontou para um estudante. Tinha um dois senhores com cassetetes. E um deles gritou Isso é só o começo, vamos voltar com mais. Não sabemos quem são essas pessoas.” relata um universitário.
Após o ocorrido, ainda na virada de sexta-para sábado, uma pessoa que se identifica como Kelly Bolsonaro postou no facebook, fotos e na mensagem disse que se tratava da Operação Endireita UnB. “Fomos dar o recado na UnB e deixar bem claro que não aceitaremos mais as perseguições de esquerda dentro da UnB.” Na manhã desse sábado, 18/6, a postagem já não mais aparecia no perfil da Kelly Bolsonaro.
Neste sábado (18), segundo o portal Metropoles.Com, foi protocolada (protocolo nº 80066), pelo universitário George Marques, uma representação contra a ativista Kelly Bolsonaro. Ela é tida como uma das organizadoras do evento. No documento, é questionado se a manifestação na noite de sexta-feira não pode ser enquadrada como um ato de terrorismo.
Um grupo de 30 pessoas, portando cassetetes e pistolas elétricas, invadiu o campus entoando mensagem de intolerância. Duas explosões foram ouvidas.
O campus da Universidade de Brasília vivenciou mais uma experiência de intolerância e sectarismo, na noite desta sexta-feira, 17/6. Duas explosões foram verificadas na entrada Norte – Ceubinho – do Instituto de Ciências, o Minhocão. A situação foi descrita por alguns alunos como “assustadora”.
Segundo os relatos, já era início da noite quando um grupo de 30 pessoas – à primeira vista não seriam estudantes -, entrou no campus, hostilizando os universitários. Vestidos com blusas decoradas com as palavras de ordem “Fora PT” e “Bolsonaro presidente”. “Estavam extremamente agressivos, e iam para cima de quem estava passando no ICC com uma postura de intimidação, recheada de razão”relata um dos universitários. “Tinham uns dois senhores com cassetetes. E um deles gritou: ‘Isso é só o começo, vamos voltar com mais’”. Eles portavam cassetetes e armas de choque e estariam ávidos por enfrentamento corporal, uma briga no Campus. Por lei, as pistolas elétricas são privativas das forças policiais.
Com auxílio de megafone, o grupo pedia a voltada Ditadura Militar e entoava frases do tipo: “aqui é lugar de estudar e não de fumar maconha”, ” vocês são comunistas safados”, “Bolsonaro nosso presidente”, “acabou a mamata”. A intolerância verbalizada nos xingamentos e ofensas aos estudantes se mostrava presente, não apenas, na questão ideológica, mas era também de caráter homofóbico.
” Viados” ” vagabundos”, “comunistas nojentos”, “maconheiros”, “há, há! Agora vão ter que estudar”.
Os estudantes que estavam no campus, em especial os alunos do turno noturno, ficaram extremamente nervosos e com medos. Não havia policiamento e a segurança privada contratada pela UnB, segundo os relatos, “os guardas da UnB olhavam e riam”.
“A maioria de nós ficou olhando, perplexos com o que estávamos vendo. E quando um grupo pequeno de estudantes pensou em se contrapor, uma mulher que estava no grupo manifestante, “tirou com um sorriso frio e nefasto uma arma de choque. Sério, ela tirou e apontou para um estudante. Tinha um dois senhores com cassetetes. E um deles gritou Isso é só o começo, vamos voltar com mais. Não sabemos quem são essas pessoas.” relata um universitário.
Após o ocorrido, ainda na virada de sexta-para sábado, uma pessoa que se identifica como Kelly Bolsonaro postou no facebook, fotos e na mensagem disse que se tratava da Operação Endireita UnB. “Fomos dar o recado na UnB e deixar bem claro que não aceitaremos mais as perseguições de esquerda dentro da UnB.” Na manhã desse sábado, 18/6, a postagem já não mais aparecia no perfil da Kelly Bolsonaro.
Neste sábado (18), segundo o portal Metropoles.Com, foi protocolada (protocolo nº 80066), pelo universitário George Marques, uma representação contra a ativista Kelly Bolsonaro. Ela é tida como uma das organizadoras do evento. No documento, é questionado se a manifestação na noite de sexta-feira não pode ser enquadrada como um ato de terrorismo.