OAB de Roraima compara presídio com "campo de concentração nazista"
(Crédito: Ascom/OABRR)
O presidente da OAB de Roraima, Ednaldo Vidal, vistoriou na terça-feira 21/I a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), onde os presos, além de conviverem com a superlotação, estão sendo vítimas de uma doença originária de bactéria que está desfigurando seus corpos. Para Vidal, o local se assemelha aos "campos de concentração nazistas da Segunda Guerra Mundial", segundo o Diário de Pernambuco.
Em nota, a Comissão de Direitos Humanos do Conselho Seccional (CDH) da OAB informou que visitou a penitenciária para verificar as condições dos detentos diante da gravidade do estado de saúde dos 24 que estão internados no Hospital Geral de Roraima (HGR). O presidente da Comissão, Hélio Abozaglo, constatou a superlotação nos locais onde detentos saudáveis dividem o mesmo espaço com outros que sofrem de várias doenças.
Há presos com tuberculose, diabetes, acometidos de escabiose e outras doenças, de acordo com o jornal. “O cheiro fétido é insuportável e o risco de contágio não é somente para os detentos, mas também para os agentes prisionais que arriscam a saúde lidando diariamente com os 2.076 custodiados”, afirma a OAB. “Com muita dificuldade, dois detentos mostraram aos advogados as hérnias desenvolvidas na parte genital, reclamaram de dores e pediram por atendimento médico”, prossegue a nota.
Ainda segundo a Ordem, as alas com cerca de 300 homens têm capacidade para somente 70. “Onde muitos dormem (quando dormem) sentados, no chão ou no vaso sanitário, enquanto outros se apertam e se revezam nos cubículos que as celas se tornaram”, diz. A superlotação é um dos motivos pelos quais o Ministério Público pediu a interdição do presídio.
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