"PCC é a maior organização criminosa da América do Sul"
O PCC é maior legado dos 35 anos de hegemonia tucana em SP!
publicado
13/07/2018
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O Conversa Afiada já tinha previsto que o PCC (PSDB-SP) seria a maior multinacional brasileira, quando explodiram as rebeliões em cadeias.
Lincoln Gakya, promotor em São Paulo que já denunciou mais de 300 membros do PCC, revelou a Marcelo Godoy do Estadão que a organização genuinamente tucana ja contrata bandidos bolivianos e paraguaios:
(...) Estadão: O que falta para o PCC ser uma máfia de fato?
Lincoln Gakiya: Só falta a consolidação da lavagem de dinheiro, mas isso será obtido em breve, por causa da entrada da facção no tráfico internacional. Por enquanto, está em fase embrionária. O Gegê fazia uma lavagem importante. Ele desviou mais de R$ 100 milhões. Usaram uma construtora para pagar imóveis. Os recursos do tráfico internacional são enormes – US$ 25 mil por quilo colocado na Europa e US$ 100 mil na China. Todo cartel tem problema para esconder dinheiro. Por isso, enterra. Por enquanto, vejo mais dinheiro enterrado e em cofre.
Estadão: Como o País pode combater o PCC de forma eficiente?
Lincoln Gakiya: Esse é um problema do Brasil. Não é mais de São Paulo. O PCC não é só a maior organização do País, mas a maior da América do Sul, em termos numéricos e de movimentação financeira, até porque os cartéis colombianos se esfacelaram. O PCC é hoje um problema internacional. Ele é uma grande preocupação para a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), do Paraguai. Já existe um monte de paraguaios integrando o PCC. Assim como na Bolívia. O PCC não tem fronteiras e conta com a ineficiência do Estado brasileiro. Eu só posso atuar em São Paulo, mas ele atua em todo País. Não temos uma agência nacional ou uma força-tarefa multi-institucional de combate ao crime organizado, capaz não só de ditar politicas, mas também de executar operações, como na Itália. Falta integração entre as polícias e os Ministérios Públicos. Não conseguimos trabalhar juntos. Em 27 anos como promotor nunca vi isso. Talvez, antes de me aposentar, ainda consiga ver.
Lincoln Gakiya: Só falta a consolidação da lavagem de dinheiro, mas isso será obtido em breve, por causa da entrada da facção no tráfico internacional. Por enquanto, está em fase embrionária. O Gegê fazia uma lavagem importante. Ele desviou mais de R$ 100 milhões. Usaram uma construtora para pagar imóveis. Os recursos do tráfico internacional são enormes – US$ 25 mil por quilo colocado na Europa e US$ 100 mil na China. Todo cartel tem problema para esconder dinheiro. Por isso, enterra. Por enquanto, vejo mais dinheiro enterrado e em cofre.
Estadão: Como o País pode combater o PCC de forma eficiente?
Lincoln Gakiya: Esse é um problema do Brasil. Não é mais de São Paulo. O PCC não é só a maior organização do País, mas a maior da América do Sul, em termos numéricos e de movimentação financeira, até porque os cartéis colombianos se esfacelaram. O PCC é hoje um problema internacional. Ele é uma grande preocupação para a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), do Paraguai. Já existe um monte de paraguaios integrando o PCC. Assim como na Bolívia. O PCC não tem fronteiras e conta com a ineficiência do Estado brasileiro. Eu só posso atuar em São Paulo, mas ele atua em todo País. Não temos uma agência nacional ou uma força-tarefa multi-institucional de combate ao crime organizado, capaz não só de ditar politicas, mas também de executar operações, como na Itália. Falta integração entre as polícias e os Ministérios Públicos. Não conseguimos trabalhar juntos. Em 27 anos como promotor nunca vi isso. Talvez, antes de me aposentar, ainda consiga ver.