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Pedro Cardoso: "nosso erro foi tolerar a intolerância"

"A involução fundamentalista da extrema direita segue seu curso"
publicado 29/05/2020
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O Conversa Afiada reproduz reflexão do ator Pedro Cardoso, publicada em suas redes sociais:

E a involução fundamentalista de extrema direita segue o seu curso.

Messias escreveu que “ver cidadãos de bem terem seus lares invadidos por exercerem seu direito à liberdade de expressão é sinal de que algo muito grave está acontecendo com a nossa democracia”. Primeiro: “nossa democracia”? Mas não é ele que disse que com democracia o brasil nunca ia dar certo? Depois, casas não foram “invadidas”; foram alvo de ação policial de busca. Terceiro: liberdade de expressão não é liberdade para espalhar mentiras industrialmente; e esse é o objeto da investigação. Ele mesmo, Messias, já publicou mentiras. Tanto eram mentiras, que algumas ele depois apagou. E por fim: quem decide quem são “as pessoas de bem”? Esse conceito é pleno de subjetividade. Ele não se presta para observação de legalidades.

E Eduardo, ao dizer que a ruptura é questão de “quando” confessa o golpe que vem sendo imposto ao brasil pelos militares desde que se acharam no direito de se empregar no desgoverno do pai dele.

Hoje, nessa terra sem pátria chamada brasil, testam poucas ilhas de legalidade. Devemos nos ater a elas e buscar amplia-las até que a democracia esteja novamente assegurada. E cuidemos das palavras! Assim como o nazifascismo se apoderou da bandeira verde e amarela, querem se apoderar das palavras liberdade e democracia.

Quem louva torturadores e ditaduras não ama a liberdade; ama o ódio, apenas.
Em que momento perdemos o país que nunca houve? Não sei; acho que o perdemos sempre que admitimos conviver com a nazifascismo incipiente que presenciamos. Tolerar a intolerância foi o nosso erro. Querer um país para ricos, e queremos ser ricos, foi o nosso erro. E muitos outros. Não se chega nessa calamidade sem ter cometido uma infinidade de erros. É no que penso: nos meus erros. Sem saber os meus, como me defender do dos outros?

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E a involução fundamentalista de extrema direita segue o seu curso. Messias escreveu que “ver cidadãos de bem terem seus lares invadidos por exercerem seu direito à liberdade de expressão é sinal de que algo muito grave está acontecendo com a nossa democracia”. Primeiro: “nossa democracia”? Mas não é ele que disse que com democracia o brasil nunca ia dar certo? Depois, casas não foram “invadidas”; foram alvo de ação policial de busca. Terceiro: liberdade de expressão não é liberdade para espalhar mentiras industrialmente; e esse é o objeto da investigação. Ele mesmo, Messias, já publicou mentiras. Tanto eram mentiras, que algumas ele depois apagou. E por fim: quem decide quem são “as pessoas de bem”? Esse conceito é pleno de subjetividade. Ele não se presta para observação de legalidades. E Eduardo, ao dizer que a ruptura é questão de “quando” confessa o golpe que vem sendo imposto ao brasil pelos militares desde que se acharam no direito de se empregar no desgoverno do pai dele. Hoje, nessa terra sem pátria chamada brasil, testam poucas ilhas de legalidade. Devemos nos ater a elas e buscar amplia-las até que a democracia esteja novamente assegurada. E cuidemos das palavras! Assim como o nazifascismo se apoderou da bandeira verde e amarela, querem se apoderar das palavras liberdade e democracia. Quem louva torturadores e ditaduras não ama a liberdade; ama o ódio, apenas. Em que momento perdemos o país que nunca houve? Não sei; acho que o perdemos sempre que admitimos conviver com a nazifascismo incipiente que presenciamos. Tolerar a intolerância foi o nosso erro. Querer um país para ricos, e queremos ser ricos, foi o nosso erro. E muitos outros. Não se chega nessa calamidade sem ter cometido uma infinidade de erros. É no que penso: nos meus erros. Sem saber os meus, como me defender do dos outros?

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