Pesquisa mostra que letalidade policial não reduz criminalidade
(Reprodução/Redes Sociais)
Estudo do Centro de Pesquisas do Ministério público do Rio de Janeiro (CENPE/MPRJ) divulgado neste domingo 29 pelo portal G1 confirma que o aumento da letalidade policial não leva à redução na criminalidade no estado.
Diz a reportagem:
"De um total de 39 AISP (Áreas Integradas de Segurança Pública, que são modelos de integração geográfica entre as Polícias Civil e Militar), apenas cinco - Queimados, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Macaé e Angra dos Reis - representam, juntas, 42% da queda verificada em todo o estado. Entre estas, somente Queimados e São Gonçalo viram aumentar as mortes por intervenção policial, respectivamente em 9,4% e 13,2%. Nas demais, houve queda da violência praticada pelos agentes de segurança".
A pesquisadora Joana Monteiro afirmou, ao divulgar os dados do levantamento, que “a letalidade policial no Rio de Janeiro não está relacionada à variação de crimes contra a vida e contra o patrimônio”
E acrescentou:
“O Rio possui a polícia mais letal do Brasil, embora não esteja dentre os dez estados mais violentos do país”.
A pesquisa avaliou se nas áreas onde houve maior redução do número de assassinatos houve também aumento do número de mortes provocadas pela polícia. A conclusão é que não há ligação entre esses dados.
Diante dos dados, os pesquisadores que trabalharam nesse estudo afirmaram ser equivocada a visão recorrente entre os operadores da Segurança Pública de que o maior uso da força policial implica em queda da criminalidade.
"Não é possível identificar causalidade entre a letalidade policial e o homicídio doloso no estado, considerando que os dados disponíveis sequer indicam correlação entre eles", afirmam.
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