Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / Polícia de SP nunca matou tanto quanto no 1º semestre de 2020

Polícia de SP nunca matou tanto quanto no 1º semestre de 2020

"A polícia está completamente sem controle"
publicado 24/07/2020
Comments
Untitled-18.jpg

(Reprodução)

Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, nesta sexta-feira 24/VII, apontam que as polícias Civil e Militar do estado mataram, juntas, 514 pessoas em supostos tiroteios, durante o serviço e também durante a folga, entre janeiro e junho deste ano. Esse é o maior número da série histórica iniciada em 2001 pelo estado de São Paulo, agora sob o comando de João Doria (PSDB).

O número de vítimas de homicídios dolosos também subiu: de 1.465 no primeiro semestre do ano passado para 1.522 no mesmo período de 2020.

Rafael Alcadipani, professor de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirmou ao UOL que "os dados mostram que a política de segurança pública em São Paulo está com sérios problemas". "Aumento de letalidade, aumento de homicídios e aumento de policiais mortos, ou seja, é uma política que não preserva a vida. Tudo isso é muito preocupante", comentou. 28 policiais foram assassinados, mesmo índice registrado em 2018.

Ao portal, Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, criticou a letalidade policial: "em apenas seis meses foram mais de 500 mortos em intervenções policiais, novo recorde histórico e que coloca a letalidade da polícia de São Paulo nos patamares de 1992, ano do Carandiru. A polícia está completamente sem controle e os policiais também morrendo".