Polícia prende assassino de militante do MST
Poema em homenagem a Luiz Ferreira, por Filipe Augusto Peres, do blog O Calçadão (Reprodução: Twitter/MST)
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, no fim da tarde de ontem (quinta-feira, 18/VII) o motorista que atropelou e matou um militante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra em Valinhos, interior do estado.
Pela manhã de ontem, cerca de 500 trabalhadores rurais do MST realizavam uma manifestação em frente à Ocupação Marielle Vive, na Estrada do Jequitibá, entre Valinhos e Itatiba. Os militantes distribuíam panfletos, alimentos e mudas de plantas aos motoristas e exigiam da prefeitura de Valinhos o fornecimento de água para o assentamento.
Por volta das 8:15, uma caminhonete Mitsubishi Hilux avançou deliberadamente contra os manifestantes. Uma das pessoas atropeladas foi Luiz Ferreira da Costa, militante do MST, de 73 anos de idade.
Luiz Ferreira não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital.
Um cinegrafista de 59 anos, Carlos Tavares, que registrava a manifestação, também passou por uma unidade de saúde, sendo liberado em seguida.
Segundo o Brasil de Fato, o motorista Leo Luiz Ribeiro foi preso e confessou o assassinato. Após prestar depoimento em Valinhos, ele foi transferido para a cadeia pública anexa à 2ª Delegacia de Polícia de Campinas.
O Brasil de Fato publicou também o vídeo de uma discussão entre advogados do MST e familiares do motorista detido.
"Tem que pegar um caminhão e passar por cima. Tem que passar por cima", diz um dos irmãos, ao defender o atropelamento.
Reprodução: Facebook/Brasil de Fato
O acampamento Marielle Vive existe desde abril de 2018 e abriga cerca de mil famílias. Seu nome é uma homenagem à vereadora do PSOL carioca, Marielle Franco, assassinada em 14 de março de 2018.
Em nota, o MST exige punição ao assassino, "que age sob o clima de terror contra os movimentos populares, incentivado por autoridades irresponsáveis que estão no governo brasileiro".
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