Por culpa de Bolsonaro, Brasil despenca em ranking de liberdade na internet
(Reprodução/Redes Sociais)
A liberdade na internet no mundo caiu pelo nono ano consecutivo em meio ao crescimento de regimes repressivos e governantes autoritários, "expondo cidadãos a uma repressão sem precedentes".
É o que aponta o relatório "Liberdade na Rede 2019: a Crise das Redes Sociais", divulgado nesta terça-feira 5/XI pela ONG Freedom House.
O Brasil despencou no ranking: tem, agora, 64 pontos, o que o insere na lista dos países "parcialmente livres". São considerados "livres" os países que têm de 70 a 100 pontos.
Segundo reportagem da Deutsche Welle, entre os 65 países avaliados pela Freedom House considerados "parcialmente livres", o Brasil está na quinta posição, superado por Quênia, Colômbia, Filipinas e Angola. Em 2018, o Brasil era o vice-líder, a apenas um ponto das nações consideradas "livres".
A justificativa para a piora do Brasil no ranking é o aumento da difusão de notícias falsas em plataformas como WhatsApp e YouTube.
O relatório aponta as eleições presidenciais de 2018 como "um momento decisivo para a interferência digital em eleições no país". Entre os motivos citados pelo relatório para justificar essa conclusão, estão ataques virtuais a jornalistas e entidades governamentais. Segundo o estudo, a manipulação nas redes sociais atingiu "novos patamares".
"Jair Bolsonaro e seu movimento de extrema direita acumularam um grande número de seguidores ao espalharem teorias conspiratórias no YouTube", explica o texto. No Whatsapp, utilizou-se um software especial para "adicionar automaticamente destinatários a uma rede de grupos coordenados", diz o relatório. O texto afirma, ainda, que apoiadores de Bolsonaro "espalharam rumores homofóbicos, notícias enganosas e imagens adulteradas" contra adversários políticos, em especial o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.
"Grupos empresariais locais alegadamente financiaram uma campanha de desinformação no WhatsApp contra o oponente de Bolsonaro, numa aparente violação das regras de financiamento da campanha", completa a ONG.
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