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PSDB e PMDB se uniram para ferrar o pobre!

Fernandes: e salvar a pele do Mineirinho!​
publicado 30/11/2017
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O Conversa Afiada reproduz trecho de excelente (sempre!) artigo de Maria Cristina Fernandes no PiG cheiroso, como

 Separados ao nascer​

Ungido ao comando do seu partido pela decisão de quatro correligionários reunidos em torno de uma mesa de jantar, Geraldo Alckmin assumirá o PSDB com uma missão impossível. Para o bem de sua nascente candidatura à Presidência da República, o governador de São Paulo pretende descolar, o mais rapidamente possível, a imagem de seu partido daquela do governo Michel Temer.
Não está claro ainda se o PSDB também pretende abrir mão do tempo que o partido do presidente da República terá no horário eleitoral gratuito de TV, mas os minutos tucanos e pemedebistas, somados e separados, terão dificuldades de responder à exposição de alguns de seus feitos ao longo dos 20 meses de coabitação. Se houver oposição capaz de explorá-lo, o conjunto da obra, a despeito de sua extensão, cabe num intervalo breve e seco.

Foi um casamento frutífero. Rendeu aos tucanos, por exemplo, a preservação do mandato do senador Aécio Neves (MG). Seu rebento mais recente, no entanto, foi a regulamentação da contribuição previdenciária do trabalhador intermitente. A portaria tem o potencial de aumentar o rombo da Previdência e deixar ao relento uma legião de trabalhadores.

Pelo texto, cabe ao trabalhador recolher a parte que faltar para que sua contribuição atinja o limiar exigido pela Previdência. Como a reforma não assegurou um número mínimo de horas por mês para o trabalho intermitente, o piso de contribuição exigido (R$ 167) pode, facilmente, superar o salário mensal do trabalhador.
A reforma atendeu à demanda de muitos setores, como o de bares e restaurantes, pela possibilidade de formalização de prestadores de serviços autônomos. No seu formato final, porém, não apenas não resolveu a situação desses trabalhadores como também pode piorar a vida daqueles que vierem a se tornar intermitentes. A portaria é da Receita, mas só existe porque precedida por lei relatada pelo deputado tucano, Rogério Marinho (RN).

A aliança tucano-pemedebista foi fundada no pressuposto de que era preciso tirar o país da ruína petista. Mas ajuste não houve. O buraco só não é maior porque entraram recursos da repatriação, de precatórios e de leilões de energia, óleo e gás. Tucanos e pemedebistas resistem a votar projetos que evitariam a paralisação da máquina pública no ano eleitoral e se dedicam a aumentar o tamanho do rombo.

Também tem liderança tucana a decisão do Congresso de deixar caducar a medida provisória que parcelava dívidas dos produtores com o Funrural. A despeito das facilidades do parcelamento e do perdão, estimado em R$ 17 bilhões, a bancada ruralista comandada pelo deputado tucano Nilson Leitão (MT) achou por bem deixar que a medida perdesse efeito para que outra, ainda mais benemerente, fosse enviada ao Congresso.

(...)

Em tempoela não é responsável pelo título e subtitulo acima... - PHA​