Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / Coronavírus: PT denuncia Bolsonaro por conduta "criminosa"

Coronavírus: PT denuncia Bolsonaro por conduta "criminosa"

Partido leva caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos
publicado 28/03/2020
Comments
maxresdefault111.png

Crédito: Brasil de Fato

O PT apresentou uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), órgão vinculado à OEA (Organização dos Estados Americanos) por conduta "irresponsável" e "criminosa" no enfrentamento à pandemia do coronavírus.

 O documento, assinado pelo líder do partido na Câmara, Enio Verri (PT-PR), e pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), foi enviado ontem ao secretário-executivo da CIDH, Paulo Abrão.

O documento fala em conduta “irresponsável” e “criminosa” do presidente Jair Bolsonaro diante da gravidade da crise de saúde no Brasil em razão da pandemia de coronavírus.

Conduta criminosa

Verri e Pimenta denunciam que Bolsonaro tem “conduta criminosa que expõe a danos graves a integridade física e mental da população brasileira.” Eles assinalaram que nos últimos dias o presidente da República vem atacando, sem nenhuma base científica, a política de confinamento social que governadores e prefeitos têm adotado no país afora, seguindo orientações da OMS e do próprio Ministério da Saúde.

Bolsonaro, conforme lembraram os deputados, tem defendido a volta da circulação de pessoas pelas ruas. “De modo diverso, na contramão das orientações das autoridades de saúde e da comunidade científica, o presidente da República e alguns de seus acólitos, com o apoio e/ou pressão de empresários e investidores inescrupulosos, vêm travando uma verdadeira guerra na tentativa de frustrar ou sabotar todos os esforços em prol da saúde e da vida de milhares de brasileiros”, escreveram Verri e Pimenta.

Os parlamentares frisaram que Bolsonaro trata o vírus letal como “gripezinha” ou “resfriadinho”, e, num pronunciamento à Nação no dia 24 tocou na questão econômica e financeira em detrimento da saúde pública, sem preocupar-se com a vida dos brasileiros. O pronunciamento, conforme observação no documento, gerou uma crise política, de saúde e de insegurança para a população. Entidades da comunidade médica e científica rechaçaram o pronunciamento, bem como líderes do Parlamento brasileiro.

Leia aqui a íntegra da petição.