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PT sobre atentado contra Porta dos Fundos: Estado não pode compactuar, sociedade não pode se omitir

"Precisamos da energia de quem acredita na democracia"
publicado 26/12/2019
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Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Família Integralista Brasileira, suposto grupo integralista, disse ter atacado o prédio da produtora do Porta dos Fundos (Reprodução/YouTube)

O PT divulgou nesta quinta-feira 26/XII, por meio de sua presidenta nacional, Gleisi Hoffmann, uma nota de repúdio ao ataque contra a sede do canal Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro.

O Conversa Afiada publica o texto:

A fé cristã, assim como outras religiões, propõe a solidariedade, o perdão e a tolerância. É o oposto do que fizeram os autores do atentado ao grupo Porta dos Fundos na noite de Natal. É o oposto do que prega o vídeo divulgado ontem por um grupo que reivindica o atentado criminoso.

São ações e palavras que atentam contra vida e desmerecem a humanidade. O atentado e o vídeo remetem ao que é há de pior na história, desafiam as leis e atacam a civilização. Exigem, por parte das autoridades do país, investigação, apuração dos fatos e identificação dos autores para que respondam por seus crimes.

O PT tem na origem um forte vínculo com as comunidades eclesiais de base e com outros movimentos fundados na religiosidade.

Respeitamos as religiões e a fé, da mesma forma que defendemos a liberdade de expressão e criação. Jamais atentamos contra a religiosidade e a liberdade de culto, assim como defendemos o direito das pessoas serem como são, livres de qualquer espécie de discriminação.

Somos frontalmente contrários a violência, a incitação à guerra ou à intolerância. Para nós a democracia, a paz e os direitos serão sempre condutores de uma atitude a favor da vida, que é o que nos guia.

O Estado não pode compactuar com a escalada de violência que estamos assistindo. E a sociedade brasileira não pode se omitir diante dessa escalada. Precisamos da energia de todos que acreditam na democracia e na luta pelos direitos como caminho para uma sociedade mais justa e igualitária.

Gleisi Hoffmann
Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores