Que se pare tudo, e já. Ou então matarão milhares que não precisam morrer
Por Fernando Brito, do Tijolaço - Venho, como acompanham os leitores, falando do que acontece com quem se considera invulnerável ao novo coronavírus.
Publiquei, agora há pouco, dados que mostravam que a maior potência do planeta, os EUA, assistiram, quase sem reagir, à disparada da contaminação que, amanhã, será a disparada da morte.
Infelizmente, ficaram desatualizados em poucos instantes e, neste momento – e ainda não são os números totais, o maior número de infectados por Covid-19 são os norte-americanos: 83 mil, dois mil a mais que todos os que foram contaminados na China durante a epidemia.
Enquanto eles se infectam aos montes, Wall Street sobe, comemorando os trilhões do Tesouro que não dá nem 1% disto à emergência sanitária.
As mortes vêm aos milhares, neste momento, a mais de 100 por hora.
Quem tem responsabilidades com a vida não pode mais permanecer calado diante da omissão das autoridades públicas.
É preciso suspender todo o transporte aéreo no país, exceto o que for emergência comprovado e o que sirva para levar pessoal e suprimento médico.
É preciso colocar controles de entrada em todos os municípios sem casos registrados ou com poucos deles.
É preciso parar de fazer economia de palitos e aprovar logo a ajuda econômica aos trabalhadores informais, aos desempregados, aos carentes.
Enquanto o governo tergiversa – e irriga o mercado financeiro – as pessoas estão sendo demitidas aos montes.
Temos um governo de traição nacional, porque está estimulando a morte de seus cidadãos.
É preciso desobedecer Jair Bolsonaro em todos os níveis, esferas administrativas e funções.