Quer ser juiz do STF? Ignore a Lei, minta e cometa crimes
Xavier: nomeação antecipada de Moro afunda ainda mais a justiça
publicado
13/05/2019
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O Conversa Afiada reproduz artigo sereno (sempre!) de seu colUnista exclusivo Joaquim Xavier:
A carta já estava marcada. Agora, em alto e bom som. Bolsonaro admite em público que Sérgio Moro está com a vida ganha. Será o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal assim que abrir uma vaga, prevista para o ano que vem. Não precisará enfrentar filas de milhares de desempregados atrás de trabalho. Nem será necessário suar no batente –algo que faz tempo ele desconhece. Basta ter uma biografia suja e bajuladora, repleta de crimes e traições.
Os fatos são conhecidos, mas no caso é indispensável rememorar alguns.
Sérgio Moro avocou para si processos que nada tinham a ver com a tal Lava Jato. Fato reconhecido por ele mesmo na sentença que impediu Lula de concorrer às eleições. Está lá escrito que os supostos delitos de Lula não tinham conexão com a Petrobras. Nem sequer com a realidade: “fatos indeterminados”. Portanto, fugiam de sua alçada, IGNORAVAM a lei. Mas foi em frente, com a complacência de seus pares superiores.
O mesmo juizeco de Curitiba cometeu um CRIME de Estado ao vazar para a Globo diálogos entre o então ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff. Conversas gravadas sem autorização judicial. Gilmar Mendes fez pouco caso das circunstâncias. Em vez de punir Moro, decidiu impedir Lula de assumir um cargo no governo.
Às vésperas das eleições, Moro vazou ilegalmente mais uma das trocentas delações de Antonio Pallocci visando atingir Lula. Soube-se depois que a patranha aconteceu após o juizeco de Curitiba ter combinado que assumiria um cargo no governo.
Já como ministro, fez algo inédito no direito planetário. Anistiou via microfone Onyx Lorenzoni de beber na fonte do caixa-dois. “Ele reconheceu o erro. Está perdoado”, em palavras não exatamente literais. Lorenzoni logo depois foi pilhado em outra acusação. Virou caixa quatro. Moro calou-se. Isto depois de o próprio ter dito em seus road shows internacionais que o crime de caixa dois era o mais grave entre tantos outros. MENTIU descaradamente.
Como ministro da Justiça, Sérgio Moro não passa de um capacho da famiglia Bolsonaro. Seu pacote anticrime só chama atenção pela extensão do direito de matar.
Moro não sabe nada de segurança pública, abafa a apuração dos crimes da turma Bolsonaro/Fabrício Queiroz, mantém em banho-maria a investigação sobre o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson. Deixe-se de lado sua contribuição acadêmica ou intelectual para ser membro da mais alta corte. Simplesmente porque inexiste.
Sérgio Moro é réu confesso e está prestes a virar julgador supremo. Só mesmo no Brasil. Podem tirar o Coaf de sua jurisdição, liberar armas a granel e credenciar snipers para abater pobres, pretos e indefesos. A depender dele e de Bolsonaro, tudo “não virá ao caso”. Já está gastando por conta. Daqui a pouco estará saboreando pão com leite moça, enquanto o povo vai sendo exterminado como mosca.
Joaquim Xavier
Os fatos são conhecidos, mas no caso é indispensável rememorar alguns.
Sérgio Moro avocou para si processos que nada tinham a ver com a tal Lava Jato. Fato reconhecido por ele mesmo na sentença que impediu Lula de concorrer às eleições. Está lá escrito que os supostos delitos de Lula não tinham conexão com a Petrobras. Nem sequer com a realidade: “fatos indeterminados”. Portanto, fugiam de sua alçada, IGNORAVAM a lei. Mas foi em frente, com a complacência de seus pares superiores.
O mesmo juizeco de Curitiba cometeu um CRIME de Estado ao vazar para a Globo diálogos entre o então ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff. Conversas gravadas sem autorização judicial. Gilmar Mendes fez pouco caso das circunstâncias. Em vez de punir Moro, decidiu impedir Lula de assumir um cargo no governo.
Às vésperas das eleições, Moro vazou ilegalmente mais uma das trocentas delações de Antonio Pallocci visando atingir Lula. Soube-se depois que a patranha aconteceu após o juizeco de Curitiba ter combinado que assumiria um cargo no governo.
Já como ministro, fez algo inédito no direito planetário. Anistiou via microfone Onyx Lorenzoni de beber na fonte do caixa-dois. “Ele reconheceu o erro. Está perdoado”, em palavras não exatamente literais. Lorenzoni logo depois foi pilhado em outra acusação. Virou caixa quatro. Moro calou-se. Isto depois de o próprio ter dito em seus road shows internacionais que o crime de caixa dois era o mais grave entre tantos outros. MENTIU descaradamente.
Como ministro da Justiça, Sérgio Moro não passa de um capacho da famiglia Bolsonaro. Seu pacote anticrime só chama atenção pela extensão do direito de matar.
Moro não sabe nada de segurança pública, abafa a apuração dos crimes da turma Bolsonaro/Fabrício Queiroz, mantém em banho-maria a investigação sobre o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson. Deixe-se de lado sua contribuição acadêmica ou intelectual para ser membro da mais alta corte. Simplesmente porque inexiste.
Sérgio Moro é réu confesso e está prestes a virar julgador supremo. Só mesmo no Brasil. Podem tirar o Coaf de sua jurisdição, liberar armas a granel e credenciar snipers para abater pobres, pretos e indefesos. A depender dele e de Bolsonaro, tudo “não virá ao caso”. Já está gastando por conta. Daqui a pouco estará saboreando pão com leite moça, enquanto o povo vai sendo exterminado como mosca.
Joaquim Xavier
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